CURITIBA: ALAGAMENTOS E OS SOBRINHOS DO PATO DONALD

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Este blog mostrou anteriormente o descaramento de uma pesquisa de intenção de votos, feita pelo sempre problemático Globope, quer dizer, Ibope. Nesta "pesquisa", o resultado já sabido era de que Huguinho, Luizinho e Zezinho ocupavam as três primeiras posições no ranking da corrida eleitoral.

Os sobrinhos do Tio Donald, através da mídia que lhes dá suporte, tomaram de assalto a corrida eleitoral, idiotizando a discussão da cidade, e tratando o curitibano como se fosse um moribundo incapaz, sem escolha, enfiado em suas fraldas geriátricas.

Zezinho no caso, é o atual Prefeito da cidade. Este blog achou estranho ele aparecer em terceiro lugar, considerando que ninguém fala nas ruas que pretende votar nele. Nem os funcionários municipais, historicamente escolhidos pelos mandatários da cidade, como seus principais cabeças de lança. Óbvio que neste caso, pra manter os empregos, tais funcionários não revelam suas verdadeiras intenções aos quatro ventos.

Como é que um velocista que não tem pernas pode aparecer com a medalha de bronze no peito?

O que quero dizer é que incontestavelmente, Curitiba regrediu barbaramente em qualidade de vida. Aquela que um dia foi uma cidade modelo, se converteu num lugar propício para grandes negociatas nas quais o interesse público é solenemente largado de lado. A Capital do Paraná costumava ser um lugar tranquilo e inovador. Virou uma cidade tão problemática quanto qualquer outra grande metrópole mal conduzida deste Brasil. 

Proporcionalmente ao número de carros e de população, hoje nosso trânsito é pior do que o de São Paulo. Temos uma periferia tão violenta quanto, favelas iguais, cracolândias e claro, não podia faltar, temos também os alagamentos urbanos.

Mas por que será que uma cidade que antes não alagava, agora sofre com qualquer chuvinha? Isso tem um motivo predominante. Descaso do poder público. Se não há destino correto do lixo, se não há limpeza de córregos, se não há canalização, se não há melhorias no sistema de escoamentos, a água não tem para onde ir. E ela fica nas ruas, entra nas casas, na garagens dos prédios. Entope boeiros e transforma a urbe num imenso vaso sanitário. Não são poucas as regiões da cidade, hoje em dia, que simplesmente fedem o dia inteiro.

A população joga lixo nas ruas e nos rios? Claro, o povo tem lá sua parcela de responsabilidade. Mas quem conhece Curitiba sabe que é um dos lugares com o povo mais ordeiro deste país. Andando no centro da cidade por exempolo, dificilmente se vê um papel no chão. Então de quem é a culpa pelos alagamentos?

Ora, uma pessoa precisa bem mais do que ser bonita. Ela precisa estar com a saúde em dia, com as veias e artérias livres para evitar derrames. Precisa de revisões e check ups médicos periódicos para garantir sua longevidade. Do contrário, como dizia minha nona, "por fora, bela viola; por dentro, pão bolorento".

O que vemos é que o pão bolorento tomou conta da cidade. A mínima chuva forte hoje traz o caos aos cidadãos. Mesmo assim, uma trupe de aproveitadores continua achando que o curitibano é essencialmente um imbecil e que não percebe um palmo à frente do nariz.  Os sobrinhos do Pato Donald elencados na pesquisa do Ibope querem ser (ou continuar) Prefeito por pura vaidade. Pouco se importam com a cidade. Não sabem o nome de um rio ou porque você não pode colocar um prédio de vinte andares no mesmo lugar onde antes havia outro de dois. Para onde esses gênios acham que vai toda a sujeira dos banheiros desses moradores novos? Vai para a mesmíssima galeria de esgoto para onde iam as sujeiras anteriores. A diferença é que hoje elas são dez vezes mais volumosas e as artérias da cidade jã não dão mais conta.

A Prefeitura faz de conta que não é com ela.

Mesmo assim, o Zezinho continua vendendo potencial construtivo na cidade, para financiar a megalomaníaca e inútil Linha Verde. Uma obra que já gastou tudo o que poderia gastar e não está, sequer, na metade. Com potencial construtivo nas mãos, dá-lhe prédios novos pipocando nas regiões mais impróprias do município. Por que será que tudo alaga e congestiona?

Ao longo da comprida via (trecho urbano da antiga BR 116), a Prefeitura escava trincheiras, mas não tira os semáforos de cima dela. Quilômetros de carros parados durante o dia todo, 6 dias na semana.

Isso se chama crescimento desordenado, uma realidade que São Paulo, Rio e Belo Horizonte conhecem muito bem. Se a Prefeitura não faz a lição de casa, convém fechar as portas e ir embora. Quem precisa de prefeitos assim?

É dessa forma que enxergam nossa cidade. Um manancial sem fim para enriquecer empreiteiros e fazer trampolim para cargos mais altos na política. 

O povo já se encheu. Dá pra perceber por quais motivos a pesquisa do Ibope divulgada outro dia mostra tão somente o que os financiadores dela queriam que ela mostrasse?

Clique aqui para ver o sonhador que foi devorado pelos vendilhões da pátria (e dos empregos).

Clique aqui para saber que quem tem grana, manipula pesquisas eleitorais.

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