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Sabe o que acontece quando um povo confia demais em seus políiticos? Roubalheira generalizada.
Em Curitiba não foi diferente. Uma cidade que tem o povo conservador, durante muito tempo escolheu seus vereadores apenas pelas aparências. E sejamos honestos, alguns deles realmente vivem só de aparências. A vereança em Curitiba é feita em grande parte por pessoas que mantém um relacionamento social com sua comunidade. Vereadores que inteligentemente visitam o bairro, o comércio, perambulam fazendo política.
Isso não teria problema, se não abusassem da confiança. A partir do momento em que conquistam o eleitor, tripudiam pelas suas costas.
É que o povo é bonzinho, é ingênuo. O político foi lá, apertou a mão do camarada, pronto. Passou a ser um cara sério. Ora, política séria se faz de seriedade e não dessa pilantragem no que se transformou o poder público de Curitiba. Um esquemão de corrupção onde o presidente da Câmara desviava milhões e os colegas que deveriam fiscalizar, também ganhavam para manterem o bico calado.
Quantos estavam fora do esquema? Difícil dizer já que em Curitiba existe um pacto tácito de não agressão. É de se desconfiar mas vale lembrar que ser conivente com o desvio de verbas públicas também é crime. Ou seja, se tinha um honesto, por que não botou a boca no mundo?
Os vereadores de Curitiba que deveriam fiscalizar o Prefeito, não fiscalizam, aderem alegremente. O povo que deveria fiscalizar os dois, não fiscaliza, adere sorridente. Depois reclama da corrupção. Na capital do Paraná os políticos vão sendo reeleitos quase automaticamente pela população e depois ninguém sabe porque tanta roubalheira. E claro, a questão não é reeleger, é reeleger o pilantra. Reeleger o cara só porque ele caminha na mesma rua que você, porque te fala oi na padaria. É de um provincianismo atroz, que infelizmente, ainda impera em nossa cidade.
Será que desta vez o povo começa a se flagrar?
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