quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

O BOLSA FAMILIA AMERICANO

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Quem assiste filmes americanos há tempos, certamente já ouviu falar dos tais "cupons de alimentação". Pouca gente sabe o que é isso, e convém explicar que é exatamente igual ao nosso Bolsa Família (só que existe há décadas). Me lembrei deles por causa de uma nota no Vermelho acerca de uma reportagem do jornal argentino Clarín.

Assim, cabe dizer que não ouvi Ali Kamel, aquele poderoso das organizações Globo de "jornalismo" que odeia o Estado Paternal,  reclamar do "assistencialismo" americano. Provavelmente para Kamel, só os pobres do Brasil devem morrer de fome. Os outros são mais chiques do que nós, então é bom que o Estado os mantenha vivos. Até porquê, de outra forma, haveria pouca gente em Nova Iorque ou Nova Orleans para servir de bibelô para os turistas endinheirados.

E pobre, como sabemos, é mesmo bibelô e curiosidade para gente rica. Basta assistir a qualquer edição do programa da cansada Ana Maria Braga para se dar conta.

Dia sim, dia não, ela perambula pelas regiões... POBRES do Brasil para mostrar como é bela a vidinha simples da população. Vez por outra ela entra na casa de um... POBRE para tentar descobrir o que eles comem e como, mesmo sendo POBRES, conseguem fazer um feijãozinho delicioso e passar a vida toda sem um caviar beluga. Tudo bem ao estilo FHC que em um de seus inúmeros foras (curiosamente esquecidos por nossa imprensa) disse que também tinha um "pé na cozinha" por isso estava credenciado a comer a buchada de bode oferecida por um incauto POBRE que fez muito em agradá-lo.

Pobre que é pobre tem que continuar sendo... POBRE! Senão, quem vai lavar nossa louça e engraxar nossos sapatos?

Por isso sempre que posso, me envolvo em alguma discussão sobre esse tal assistencialismo feito por Lula. Um ou outro interlocutor sempre acham uma boa justificativa para a Alemanha, o Japão, a Coréia, os Estados Unidos e todos os outros países terem programas de distribuição de renda. Para eles, é estímulo à economia. Só não acham justificativa para o Brasil. Aqui, chamam de esmola. Dizem que estimula a vagabundagem.

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