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Muito tenho visto sobre a Folha de S. Paulo e sua "ditabranda". O saudosismo dos cães de guarda dos generais de vez em quando escapa dos armários e se deixa ventilar. A Folha teve a coragem de dizer que o regime militar não era assim, tão ruim.
Jornais como esse, o Estadão, e tantos outros espalhados pelo país não raras vezes se lamentam por terem sido censurados. Já virou folclore a publicação de receitas de bolo, como protesto, nos lugares onde deveriam ir notícias supostamente censuradas.
Ora, sabemos; hoje em dia sabemos, que em verdade boa parte estava de conluio com o poder. Raras foram as exceções.
Não que todos os jornalistas fossem vendidos, mas certamente as empresas para as quais trabalhavam, eram. É de conhecimento público que até os carros desses jornais eram usados pelos militares em sua repressão.
E o cidadão comum ainda se assusta. Ainda se dá ao trabalho de comentar toda essa bandalheira, essa "resvalada" da Folha em defender um regime que foi sim, muito seu amigo.
Que é isso, pessoal. Esperar seriedade e honestidade dessa gente? São absolutamente iguais e se abastaram folgadamente durante os anos de chumbo. Muito jornalistazinho "democrático" hoje em dia, ganhou uma boa grana na época, apoiando a ditadura. Fazia parte de seu salário. Depois, muita gente ficou puta quando o dinheiro cessou. Certas Embrafilmes e outras torneiras fáceis de dinheiro que nunca precisava ser devolvido regavam nossa imprensa lixo, nossos "intelectuais" a serviço do status quo.
Morrem de saudades daqueles tempos de exceção porque a regra era só para os outros. Para eles, os benefícios.
E o público ainda compra seus jornais, ainda assina suas revistas. Que é isso, pessoal?
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