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A mídia brasileira é osso duro de roer. Quando ela se abraça com um grupo político, é como casamento de pinguim. Dura pra sempre e faz das tripas coração para chocar (e trazer à vida) o tão almejado sonho do poder.
Deu para perceber como será pauleira concorrer com os queridinhos da imprensa paranaense nas próximas eleições municipais em Curitiba. Dividida entre Gustavo Fruet e Luciano Ducci, o imprensalão não faz muito mais do que somente desqualificar qualquer um que venha a correr por fora.
Pra quem ouviu, foi assim a entrevista de Rafael Greca, pré-candidato do PMDB à Prefeitura de Curitiba, para a rádio Band News FM. Greca tentou falar de sí, tentou dar idéias, mas não conseguiu. A mídia é um rolo compressor que engole o pensamento e ridiculariza o debate político.
Pra piorar, os "drops" largados na programação com pequenas retrospectivas da entrevista, só fizeram achincalhar o entrevistado. Não foram poucos os dizeres tirados do contexto para dar uma manchetezinha apimentada. Quem só fica com o drops, claro, tem a idéia totalmente adulterada.
Mais ou menos como a Globo fez no debate de Collor versus Lula em 1989. Quem só viu a retrospectiva, teve a impressão que se tratava uma coisa totalmente diferente. Todos nós sentimos o quanto custou para o Brasil termos Fernandinho Primeiro no trono, graças ao imprensalão. É assim que o jornalismo vê a política.
Mas é verdade que o eleitor mudou muito de lá para cá. Do contrário, Lula e Dilma não teriam jamais sido eleitos.
Greca vai encontrar uma muralha em sua frente e é bom ir se preparando. Curitiba precisa voltar a ser o que era nos bons tempos, mas a resistência vai ser grande.
Clique aqui para ver o que Lula fala sobre as eleições municipais.
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