sexta-feira, 17 de outubro de 2008

NÃO PERCA TEMPO PROCURANDO ISENÇÃO



Prova de que esperar por uma imprensa isenta, é bobagem.


Vejam a parcialidade desta notícia, publicada no jornal Diário de Natal (RN). Ela claramente toma partido em favor de Agripino Maia contra o Presidente Lula. Fosse isenta, apenas relataria a briga dos dois...

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"O senador José Agripino Maia (DEM) respondeu duramente às críticas que o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, fez a ele e à então candidata a prefeita Micarla de Sousa (PV) quando esteve em Natal, no dia 19 de setembro, em um comício da candidatura de Fátima Bezerra (PT). Cumprindo a promessa de que responderia às críticas em Brasília, Agripino afirmou que a intenção do presidente ao promover a aliança da base em Natal era baní-lo da política. ‘‘Ele achou que esse acordão feito lá ia reduzir todos os que estavam fora dele ao pó. Foi claríssima a intenção dele em Natal: foi uma tentativa de me excluir da vida pública. O que ele não esperava era que o povo mostrasse que conhece a minha história’’, reagiu o senador.

Em um discurso contundente que durou mais de duas horas e foi aparteado por todos os senadores presentes - mas somente Eduardo Suplicy (PT/SP) e Garibaldi Alves Filho (PMDB) contestaram sua fala - o senador José Agripino rebateu ponto a ponto os ataques do presidente dirigidos a ele e a Micarla. ‘‘Quando anunciou-se o comício de Lula em Natal, esperava-se que ele chegasse lá com o mérito da sua própria popularidade, que pedisse votos à sua candidata e explicasse porque não fez o que deveria ter feito pelo Rio Grande do Norte. Mas o presidente foi com a clara intenção de nacionalizar a campanha’’, afirmou.

Agripino primeiro se referiu ao fato do presidente ter dito que para ser prefeita não bastava ser apresentadora de televisão, mas ter caráter. ‘‘O presidente colocou em dúvida o caráter de Micarla por sua profissão. Isso não é papel de presidente, não é comportamento de estadista. Ele disse que nunca viu um apresentador ter sucesso como administrador público. Queria saber com que cara ficou a candidata dele a prefeita de São Paulo, Martha Suplicy, que começou como apresentadora. O ministro das Comunicações Hélio Costa, que também era apresentador. Pessoas que chamou para sua equipe, para governar com ele’’, rebateu.

Outra ‘‘pérola’’ do presidente rebatida por Agripino foi a declaração de que ‘‘se eles (coligação de Micarla) fossem bons estariam aqui nesse palanque’’. O senador lembrou que no grupo que o presidente citou como dos que não são bons, estão PR, PP, PMN, PTB e PV, partidos de sua base de apoio. ‘‘Não é que eu não presto, e ele tem o direito de fazer de mim o juízo de valor que quiser. São os partidos que o apóiam que foram colocados como os que não prestam’’, disse.

Acerto de Contas

O senador reagiu também à declaração do presidente de que ele ‘‘fazia jogo sujo’’, em referência à sua movimentação política pela derrubada da CPMF. ‘‘Que jogo sujo da política é esse? Defender uma causa apoiada por 80% dos brasileiros?’’, questionou. Agripino citou ainda o trecho em que Lula disse que havia esperado muito tempo por aquele ‘‘acerto de contas’’, e que voltaria ao Rio Grande do Norte quantas vezes fosse necessário para derrotar o senador. ‘‘Diante disso, entendi que o acordão dos contrários foi feito para me excluir da vida pública, apresentando uma candidatura imposta que não agradava ao povo. Ele foi com o objetivo claríssimo, acima do bem e do mal, de nacionalizar o pleito. O presidente Lula foi a Natal, fez discurso e atribuiu a si uma derrota que não precisava ter’’, declarou.

Durante diversos momentos em seu pronunciamento, José Agripino lamentou o fato do presidente ter lhe dirigido ataques sem sequer citar seu nome. O senador referiu-se a Lula em todas as ocasiões chamando o presidente de Vossa Excelência e falando seu nome completo - ressaltando que, como chefe da nação, Lula deveria respeitar a oposição. ‘‘O presidente Lula foi deputado federal e líder sindical de oposição. Quando o partido dele votou contra a Lei de Responsabilidade Fiscal, não se voltou nenhuma ira para ele. Quem é governo faça sua obrigação, e quem é oposição, fale pelo povo brasileiro’’, afirmou.

Juliska Azevedo e Viktor Vidal
Da equipe do Diário de Natal"

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Ou seja, se quiser saber de notícias, compre algum jornal estrangeiro.


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