sexta-feira, 1 de julho de 2011

ESTADINHO FALA BOBAGEM (DE NOVO)

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Não raras são as vezes em que este ingênuo escriba tenta entender por quais motivos a mídia brasileira é tão leviana. Se é burrice dos jornalistas, se é má intenção ou se é meramente, a sede de meter tonterías nas manchetes e ganhar público, ganhar audiência.

Dizer que a nova lei que presta uma reforma no Código de Processo Penal colocará "milhares de presos na rua" é de uma sandice só.

Caso se dessem ao trabalho de efetivamente observar a lei sob os olhos jurídicos, veriam que tão somente está sendo posto no papel, o que a própria sociedade já pede há muito. Não adianta abarrotar as cadeias de ladrões de galinha. Eles entram e saem bem piores. O Poder Judiciário tem condições de impor penas alternativas e obrigações outras, que não seja a da prisão e do encarceramento. E é assim que se busca a ressocialização. Senão, o cara entra batedor de carteira e saí assassino, estuprador e ladrão de banco.

A nova lei fala inclusive sobre o monitoramento eletrônico (com pulseiras) do preso pé de chinelo. Ao invés de colocar o cara numa cela virando pós graduado em bandidagem, é possível vigiar através da tecnologia, se ele está onde deveria estar, ou se está na rua, nos inferninhos e nos pontos de crack.

A mídia quer o pão e o circo. Ela quer passar por guardiã da moral e por isso faz o que faz. Mas é boba e mal informada. Cai no descrédito de todos que por algum motivo, realmente saibam do que ela está falando.

Cumpre recordar que ainda na faculdade de Direito, não poucos eram os professores que diziam para tomarmos cuidado com o que líamos na mídia. Ela costumeiramente falava bobagens. Na faculdade de medicina, é a mesma coisa. E em outras também.

A imprensa continua sua sina de colocar pessoas que nada sabem para manifestar sobre tudo.

Pena que falar isso de nada adiantará.  A mídia brasileira não vai descer do salto e reconhecer que sabe muito pouco a respeito de muita coisa.

Clique aqui para ver que Marina Transgênica Silva tem que se explicar
Clique aqui para ver a Veja entregando o jogo.
Clique aqui para ver outra de Reinaldo Azevedo.
Clique aqui para ver a Folha pedindo ajuda aos leitores.
Clique aqui para ver o que tem por trás de uma obra parada por um tucano.
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Um comentário:

insequapavel disse...

Na Faculdade de Comunicação Social, onde fui colega de Augusto Xavier e de Deliz (hoje, "Délis") Ortiz, e outras pessoas que hoje estão famosas no telejornalismo, tive um professor, de Sistemas de Comunicação (Samir Suaiden), que ensinava a "ética" do jornalismo (capitalista): "Acontecem milhares de coisas a cada dia. Ponha na pauta as que mais vendem: violência, sexo, corrupção e escândalo. Se não acontecer nada, faça acontecer. Se não conseguir fazer, invente. Tem que ter notícia, e quanto mais chocante, melhor!". Esta é a ética do 4º. Poder!