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Tem uma coisa que é muito bem feita no Paraná. É a manipulação da opinião pública. O auxílio a esta tarefa pesada vem sendo dado, como de costume, pela nossa dócil imprensa que se nega a falar a verdade, quando ela pode colocar em risco a imagem do governante querido.
E vamos deixar claro. Ela se nega só quando o governante é querido (por ela). Se ele não estiver no rol das pessoas agraciadas com o amor midiático, esqueça. Levará cacete todo santo dia.
Como não somos ingênuos, não precisamos relembrar aos navegantes o que faz esse governante ser querido da mídia. Vamos nos poupar desta perda de tempo.
Pois bem, a notícia trazida pelo dócil jornal Gazeta do Povo mostra um fato, mas tenta desvirtuá-lo de seu real significado.
Quem anda nas ruas de Curitiba e tem amigos, certamente já conversou com alguém que viu, ou foi assaltado dentro de um restaurante, recentemente. É o clássico "arrastão", tão comum em São Paulo e no Rio, que se tornou fácil aqui, considerando a ausência de policiamento adequado e de atitudes preventivas por parte de nossos mandatários.
Aqui, a polícia se desdobra, mas por óbvio, não consegue atender a todos ao mesmo tempo. Sabedores dessa facilidade, os bandidos resolveram praticar a mesma maravilha da ladroagem que eles viram na televisão. Ora, é muito fácil fazer arrastão em restaurante de Curitiba. E realmente, sem atitudes preventivas fica mesmo praticamente impossível antever ou evitar quando isso acontece. Qual o resultado? Yes, nós temos arrastões, sim.
Agora vejam a manchete do jornal. Ela fala que o assaltante foi morto após assaltar. Quem lê assim, enxerga a notícia por um lado, o lado do "final feliz" para a sociedade. Mais um mal elemento tirado de circulação. Ponto para a polícia e para o Governo eficientes.
Mas a verdade não é essa, porque os arrastões continuamm ocorrendo e finais como esses, normalmente não acontecem. Os bandidos continuam soltos e impunes, prontos para delinquir de novo. Ao ler nosso imprensalão, o desavisado sequer se dá conta que os arrastões aqui são tão comuns quanto nas outras cidades grandes.
A última notícia tratada como relevante pelo imprensalão a respeito da segurança pública foi o anúncio por parte do queridão Beto Richa, de que 2.500 policiais novos serão incorporados à força no Estado. Estamos aqui esperando quando vamos vê-los nas ruas, quando os policiais serão bem remunerados por enfrentarem tiros nas ruas, quando as polícias investigativas vão poder trabalhar decentemente e quando vamos parar de enxugar gelo com essa piada governamental de que no Paraná, o criminoso não se cria.
Se cria sim, porque ladão não é burro, ele sabe que do mesmo jeito que nos outros lugares, o que temos aqui é só discurso.
Clique aqui para ler o mal que faz uma mídia nada humilde.
Clique aqui para ver as empresas de ônibus de Curitiba estão prontas para mais uma chicotada no povo.
Clique aqui para ver os deputados hipócritas absolvendo mais uma criminosa no DF.
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Um comentário:
Vivi em Curitiba 46 anos, de meu nascimento até o ano passado. A criminalidade aí está entre as mais altas do país. O sucateamento é geral: Polícia, sistema educacional, trânsito, etc. Em nada se compara à cidade em que passei a infância e adolescência. Mas o povo vota, o povo quer......e dá-lhe tucanices.
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