sábado, 13 de agosto de 2011

EUA: MAIS UM PISTOLEIRO CANDIDATO

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Quatro anos passam rápido quando o planeta está em perigo. Parece que foi ontem que Obama se engalfinhava nos debates contra o Johm McCain, prometendo mundos e fundos.

O americano e a maioria dos terrestres acreditaram. Eu também queria acreditar, mas não dava. Era meio óbvio que Obama, por mais bem intencionado que fosse, não conseguiria tirar os EUA do atoleiro, da crise e do caminho da bandidagem. E o povo que se sentiu enganado, tá com muita vontade de descontar nas urnas, agora. Talvez votando em um republicano.

Economicamente os EUA começaram a ficar inviáveis em 1980 quando elegeram Reagan. Como lá o povo não tem o costume de reclamar do governo que nem aqui, foram deixando privatizar tudo, desregulamentar o mercado financeiro, fazer guerras em cima de guerras e desviar toda a grana dos impostos para financiar a indústria bélica, em detrimento dos serviços sociais. Deu no que deu. Hoje, como presidente nenhum tem cacife pra peitar a elite exploradora, a América não sairá do buraco. Nem que seja peitar contemporizando como fez Lula. Lá, ou a elite manda, ou nada feito.

E também, como boa parte dos candidatos sequer tem vontade de peitar essa tal elite mandona, podemos esperar mais do mesmo. A indústria de base americana está quebrada. A construção civil está quebrada. A indústria automotiva está quebrada. Todas as plantas importantes de empregos foram transferidas para outros países porque os empresários não queriam arcar com sindicatos e empregados caros. O país virou uma terra de desempregados, e onde tem desemprego, não tem consumo. Coisa que nós bem sabemos aqui, quando a tucanolândia estava instalada e eles privatizaram tudo e mandavam o que podiam pra fora.

E lá o buraco é bem mais embaixo. Obama não teve colhões pra peitar, como Kennedy também não teve. Clinton fez mais ou menos. Porém, tudo o que eles levavam adiante era desregulamentação e privatização. O resto, os mandantes falam que é "socialismo" e o povo se borra de medo e não aceita. Nem um SUS Obama conseguiu implantar. O ignorante do cidadão americano prefere morrer sem saúde pública do que ser confundido com socialista.

O que o candidato republicano da foto vai propor é recuperar o orgulho americano. Mas claro, que não vai explicar bem como isso se passará. Se ganhar, vai fazer ainda mais guerras pra poder suprir a imensa demanda de divisas de seu país. Divisas essas que virão basicamente com recursos naturais roubados de algum país pobre e fraco, e muita guerra. Muita arma produzida em solo americano e que isso, sim, gerará alguns postos de trabalho. De resto, apenas enrolarão e enganarão. Nenhum presidente americano dos últimos 60 anos quis realmente melhorar a vida de seu povo. Achavam que a bonanza não ia acabar nunca. Assim, pensaram que jamais seria preciso investir em nada no longo prazo. Foram ingênuos em pensar que fazendo o que faziam, estariam no topo do mundo pra sempre.  Por outro lado, os pensadores da Escola de Chicago sabiam que uma hora a teta iria secar. Sabiam mas como não iria arrebentar neles, não estavam nem aí.

A América como nós a conhecemos, não existe mais. Nem voltará a existir. Será em dez anos nada mais do que um Paquistão ou uma Índia. Um país absolutamente desigual, sentado em um arsenal militar fantástico e perigoso.

Pobre, com um povo descontente e disposto a tirar riqueza de algum lugar. É aí que todos nós corremos muito perigo.

Clique aqui para ver que o Ministro confirma que o eleitor é imbecil.
Clique aqui para ver que o PSDB quer contratar um sociologo para fazer o que FHC não sabia fazer.
Clique aqui para ver que o PT se debate com o próprio PT.
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2 comentários:

Anônimo disse...

Não chame de América,generalizando,
pois eles são apenas um país da Amé
rica do Norte.Americanos somos to-
dos nós,nascidos entre o Alasca e a
Patagônia.Eles são,sim,estaduniden-
ses.Se não nomearam seu país, por
que se apropriarem do nome do do
continente?

Ariosto Cunha disse...

Parabéns! Esse artigo conseguiu resumir tudo que os EUA são e vão se tornar!