sexta-feira, 11 de novembro de 2011

CURITIBA E A RUA NÃO 24 HORAS

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Nada como uma boa dose de privataria para acabar com qualquer ânimo progressista em uma cidade. Ocorre o seguinte, quanto mais privatizado é aquilo que deveria ser a atuação pública, pior fica para o cidadão. O motivo é um só. A iniciativa privada só se mete no que pode lhe render dinheiro.

Isso é um problema? Não, claro que não. Ela está certa. Por isso é que poder público e iniciativa privada precisam coexistir, se complementar. Não adianta vir com aquela ladainha dos neoliberais de que o "mercado" resolve tudo. O mercado não resolve nada. Basta olhar a Grécia, a Itália, os EUA. Os magnatas continuam chafurdando em uma grana violenta. O povo, sem emprego e à beira do desespero.

O único interesse do mercado é nele mesmo e nos próprios ganhos.

Que a cidade de Curitiba virou um horroroso balcão de negócios já faz tempo, todos sabemos. Nem sombra hoje em dia daquela cidade progressista que conhecíamos uns 20 anos atrás. Hoje, parece que quem senta na cadeira da Prefeitura é só pra se reeleger, fazer caixa 2 e concorrer ao Governo do Estado. Não foge disso. O povo, óbvio, seja classe média, seja pobre, é lgargado na berlinda.

A Rua 24 Horas nasceu há 20 anos como uma coisa futurista. Era propagada como a "única" rua no mundo a funcionar o tempo todo. Era bonita, chique e bem frequentada. O comércio da região agradecia. Bem, ela durou uns anos. Depois a Prefeitura largou mão, as goteiras apareceram, a ferrugem tomou conta, a prostituição, as drogas e a bandidagem assumiram o lugar, até o derradeiro e melancólico fechamento 4 anos atrás.

Como é que a Prefeitura larga a mingua um cartão postal, assim? Pois é, ela largou. Bem na nossa fuça.

Com festa e apoio da imprensa (sempre dócil), na data de hoje (a do fim do mundo, 11 do 11 de 11) o "reinaugurador" oficial da capital paranaense, o atual sentador da cadeira de Prefeito resolveu (claro) reinaugurar a Rua. Mas agora ela não é mais 24 horas. Vai funcionar um pouco mais apenas do que o horário comercial. 

Ou seja, outra das coisas progressistas que Curitiba tinha, que foi largada ao léo.

Os ônibus já não são mais referência, a qualidade de vida não é mais exemplar, o trânsito já é tão caotico quanto São Paulo; as crianças mendigam nos sinais como em qualquer lugar e o verde já não é tão verde em Curitiba. 

Onde é que a capital do Estado foi parar na mão dessa gente?

Clique aqui para ler que a tucanolândia não queria um Brasil pujante.
Clique aqui para ver (mais) um governador tucano passando a perna no povo.
Clique aqui para conferir a lista de deputados que pouco se lixa para o eleitor.
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