Ví muita gente embasbacada com a atitude do Senador Pedro Simon, assinando a CPI da privatização da Petrobrás.
Comentei com dois colegas nesta tarde sobre essa tal indignação. Na minha opinião, quem ficou surpreso, é porque em verdade, nunca parou pra reparar no político gaúcho.
Ele sempre teve uma capa de esquerda, sempre foi queridinho da imprensa que o considera até hoje a "reserva moral" do Congresso. Simon está no mesmo patamar do também Senador Jefferson Perez, que passou dessa para melhor.
Doce ilusão. Simon e Perez sempre votaram tranquilos com o governo FHC, não sem, de vez em quando, fazerem um joguinho para a platéia, uma encenação básica de uma certa discordância do status quo. Mas Simon e Perez eram só fachada. Aliás, Perez era. Simon ainda é.
E se alguém duvida do que estou dizendo, que dê uma corrida nos anais do Congresso e verifique as votações desses dois senhores.
A mídia prostituta do Brasil precisa de pessoas assim (e há tantos outros, também na Câmara).
Ela sabe que não dá pra levar a sério uma crítica feita por Heráclito Fortes ou ACM Neto. Mas críticas alinhavadas por Simon ou Perez, sempre tiveram outro peso. São senhores deste náipe que a mídia brasileira vai visitar quando precisa enfiar pela goela do eleitor brasileiro alguma coisa que só serve em verdade a ela ou aos amigos do rei (no caso, do ex-rei).
São pessoas como Simon que a imprena procura quando quer dar credibilidade a alguma coisa que não passa de um amontoado de estupidez.
E as chances de isso se extinguir são quase nulas. Figuras assim precisam dos holofotes tanto quanto os holofotes precisam delas.
Andam de mãos dadas nos bastidores da política.
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