sexta-feira, 26 de setembro de 2008

OS EUA FALIDOS E O GALVÃO BUENO



Essa eu também ví no site do Azenha, mas transcrevo aqui o original da Bloomberg:

"German Finance Minister Peer Steinbrueck said the U.S. will lose its position as the world's undisputed financial ``superpower''"

ou seja, os EUA perderão seu status de superpotência econômica mundial.

Bem, eu já falo isso há algum tempo. A economia estadunidense é virtual. Ela definitivamente não tem lastros para amparar o tamanho divulgado de seu PIB. E para se chegar a esta conclusão basta fazer um retorno não muito distante no tempo. Lembremo-nos da Enron e seus balanços fraudados. Mais ainda, a empresa Arthur Andersen que deveria verificar os balanços também ajudava na fraude.

Lembremo-nos da Amazon.com que cinco anos depois de aberta, jamais tinha dado um dólar de lucro, mas valia bilhões de dólares no mercado futuro.

Só que o futuro, nunca chegou. Nem nunca chegará.

O resumo da ópera é que a economia dos EUA se tornou grande com as "revendas" das "revendas" dos papéis e hipotecas. Em verdade, o dia em que for pra resgatar esse papagaio, ele quebra o sistema. E isso se dá da mesma forma com os títulos e bônus que o governo central emite. Não existe no mundo dinheiro pra dar sustentação aos "quaquilhões" de dólares adquiridos por China, Alemanha, Japão (especialmente esses três) e os restantes, que quiseram fazer uma média, e dar uma sobrevida à moribunda mega-economia. E isso já vem de alguns anos. Se por ventura esses credores quisessem resgatar a grana e "sair do jogo" não haveria dinheiro no mundo pra honrar a dívida.

Falando sério, não existe papel moeda no mundo pra cobrir o valor dos títulos do tesouro americano. Bons tempos aqueles quando diziam que todo dinheiro americano estava lastreado em ouro no Forte Knox.

Bem, trocando em miúdos. Os EUA são falidos e isso já faz tempo. O detalhe é que muitos outros terão que contribuir pra evitar a débacle total já que também fizeram parte e se benificiaram da lambança.

E os que não se beneficiaram, infelizmente não fugirão do ônus de estarem presentes no mesmo planeta em que os EUA. A crise nos afetará, de um jeito ou de outro, num grau menor ou maior.

Digam o que disserem, me chame de idiota se quiserem, mas eu me divirto em ver que menos de vinte anos depois da União Soviética ter desaparecido por ter uma economia "atrasada" (mas não sem a providencial "ajuda" de Gorbachov), os Estados Unidos, como nós o conhecemos, também deixarão de existir e de falar grosso com o mundo todo, sentados no Olimpo e ditando regras.

Vão ter que se contentar a serem iguais aos outros. Pobres mortais!

Não quero dar uma de Galvão Bueno, mas esssa, "eu já sabiiiiiiaaaaaa"


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