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Não que valha a pena contradizer uma bobagem que o sr. Ali Kamel (o todo-poderoso do Jornal Nacional) diga. De verdade, não vale. Você gasta saliva, gasta seu tempo, energia elétrica do computador ligado à tomada, "gasta ar" enquanto respira pensando nestas tolices e além de tudo se irrita, mas vamos lá.
Vejamos uma hipotética indignação de um neo-nazi, espectador do Jornal Nacional e leitor da Veja:
"Oh, meu Deus! Os pobres estão comprando eletrodomésticos com o Bolsa Família! Que absurdo, já, não é mais para matar a fome, agora além de tudo, querem ter coisas em casa?
Agora o pobre tem um DVD em casa? Imagine que o pobre vai comprar um LCD de 42 polegadas em 12 vezes sem juros? Ou quiçá, em 60 vezes com juros!? Ora, gente... pobre tem que ser pobre. Se ele não for pobre, como é que eu vou botar banca? Onde está aquela lógica antiga de que pobre só servia pra limpar minha casa, abrir minha porta e ter dor de dente?
Vá lá que no começo do século XX os EUA fizeram o seu bolsa família, a Europa fez. O Japão do pós-guerra fez. Mas isso não importa. Afinal, se eles não tivessem feito isso, como é que eu poderia visitar os maravilhosos cafés franceses, discutir cultura, falar de arte com um bando de ignorantes desdentados?
Bem, ELES não poderiam ser todos miseráveis senão nas minhas férias em viagem, como é que eu ia falar de vinho, da boa culinária...
Agora, fala sério, é um absurdo quererem fazer isso no Brasil. O pobre brasileiro, eu não aceito! Ele TEM QUE SER MEU VASSALO.
E se isso continuar, eu prometo que vou para as ruas, bater panela, tirar o presidente corrupto! O status quo não pode mudar. Que sandice querer reservar metade das vagas das universidades públicas para oriundos de escola pública. Que sandice fazer uma cota. Isso é racismo ao contrário! Que doideira deixar a reserva indígena para os índios...
"Merd" diria eu se fosse francês, se soubesse de verdade falar outra língua além de umas poucas sílabas mal pronunciadas...Merd de Brasil! Como é que agora eu vou me sentir especial?"
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Na opinião deste escriba, Ali Kamel e toda a sorte de gente que pensa como ele, estão a poucos minutos de vestir a suástica. Estão mostrando sua cara de uma vez por todas.
E apenas para o caso de os neonazi terem algum interesse em economia, quando o bolsa família terminar, os benefícios não cessam, não. Quando ele terminar, é porque já haverá emprego suficiente e a economia girará sozinha. Emprego decente não se cria da noite para o dia, por decreto. Como já falei, o New Deal já fez a mesma coisa. Emprego decente se cria primeiro, distribuindo dinheiro, renda e possibilidades. O capitalismo bem aplicado se encarrega do resto...
Básico assim!
Vejamos uma hipotética indignação de um neo-nazi, espectador do Jornal Nacional e leitor da Veja:
"Oh, meu Deus! Os pobres estão comprando eletrodomésticos com o Bolsa Família! Que absurdo, já, não é mais para matar a fome, agora além de tudo, querem ter coisas em casa?
Agora o pobre tem um DVD em casa? Imagine que o pobre vai comprar um LCD de 42 polegadas em 12 vezes sem juros? Ou quiçá, em 60 vezes com juros!? Ora, gente... pobre tem que ser pobre. Se ele não for pobre, como é que eu vou botar banca? Onde está aquela lógica antiga de que pobre só servia pra limpar minha casa, abrir minha porta e ter dor de dente?
Vá lá que no começo do século XX os EUA fizeram o seu bolsa família, a Europa fez. O Japão do pós-guerra fez. Mas isso não importa. Afinal, se eles não tivessem feito isso, como é que eu poderia visitar os maravilhosos cafés franceses, discutir cultura, falar de arte com um bando de ignorantes desdentados?
Bem, ELES não poderiam ser todos miseráveis senão nas minhas férias em viagem, como é que eu ia falar de vinho, da boa culinária...
Agora, fala sério, é um absurdo quererem fazer isso no Brasil. O pobre brasileiro, eu não aceito! Ele TEM QUE SER MEU VASSALO.
E se isso continuar, eu prometo que vou para as ruas, bater panela, tirar o presidente corrupto! O status quo não pode mudar. Que sandice querer reservar metade das vagas das universidades públicas para oriundos de escola pública. Que sandice fazer uma cota. Isso é racismo ao contrário! Que doideira deixar a reserva indígena para os índios...
"Merd" diria eu se fosse francês, se soubesse de verdade falar outra língua além de umas poucas sílabas mal pronunciadas...Merd de Brasil! Como é que agora eu vou me sentir especial?"
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Na opinião deste escriba, Ali Kamel e toda a sorte de gente que pensa como ele, estão a poucos minutos de vestir a suástica. Estão mostrando sua cara de uma vez por todas.
E apenas para o caso de os neonazi terem algum interesse em economia, quando o bolsa família terminar, os benefícios não cessam, não. Quando ele terminar, é porque já haverá emprego suficiente e a economia girará sozinha. Emprego decente não se cria da noite para o dia, por decreto. Como já falei, o New Deal já fez a mesma coisa. Emprego decente se cria primeiro, distribuindo dinheiro, renda e possibilidades. O capitalismo bem aplicado se encarrega do resto...
Básico assim!
Clique aqui para ver o que o serviçal da Veja dizendo que tudo o que Lula faz é errado.
Clique aqui para ver Serra mentindo na cara dura.
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Clique aqui para ver a "nova" do sapiente Noblat.
Clique aqui para saber que o que Boris Casoy fez com os garís, é crime previsto no Código Penal.
Clique aqui para ver porque um pedaço da imprensa precisa que sejamos sempre de terceiro mundo.
Clique aqui para ver sobre o Bolsa Família e a tal "esmola".
Clique aqui para saber por qual razão sobram vagas no Bolsa Família.
Clique aqui para ver porque na Europa as coisas são diferentes e os ricos querem pagar mais impostos.
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3 comentários:
Vale lembrar, o pobre é pobre por imposição da elite do momento, mas ele não tem o direito somente de cometer, mas de ter família e filhos. Elite que mantém o pobre na privação dos bens necessários, sem permitir que ele saia da indigência. No entanto, no interior de sua casa por necessidade tem que ter uma geladeira, um fogão para fazer e esquentar o boião, uma televisão para assistir as tranqueiras que a elite mostra no cotidiano. Também, por necessidade de possuir ter uma cama de casal e camas para os filhos descansarem o esqueleto, o qual é escravizado pelo mau patrão. Nesse quarto ou quartos tem que ter um ou mais guarda-roupas para a família depositar as roupas de uso do dia-a-dia entre outros eletrodomésticos de uso necessário. Pobre também é gente, se existe uma oportunidade porque não comprar um DVD, um aparelho de som que toca CD, computador entre outros modernismos do momento. O Kamel em cima da sua "sabedoria" burguesa pensa que o bolsa-família deve ser usada só para aquisição da cesta-básica e, quem sabe um quilinho de carne dura. Todos têm que ter um padrão de vida bom, justamente para não depender de migalhas desse ou daquele governo, para que ocorra ao contrário se faz necessário que todos os trabalhadores ganhem um salário digno para sustentar uma família e dar educação de primeira para os filhos. Que mancada pequeno burguês KE-MEL salgado?
Abraços,
Marco Antônio Leite
Só uma ressalva para a questão das cotas. De fato, é um tema questionável e comparar as críticas ao programa com um discurso neonazista me pareceu um pouco pesado demais.
Laconicamente e com esperança de que este texto incomodou muita gente onomatopeicamente exclamo: SEN-SA-CIO-NAL!
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