quarta-feira, 25 de março de 2009

BIG BROTHER BRASIL

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Foi triste quando fui até a casa de um amigo bater papo. Minha intenção era dar uma força porque ele era empregado de uma dessas grandes empresas que ceifaram dezenas de centenas de trabalhadores em uma ou duas tacadas. Ele, naturalmente, estava no meio dos demitidos.

Fiquei verdadeiramente chateado e nossa conversa se alongou porque claro, ele além de triste, estava indignado.

A indignação ia em direção ao tal mercado. Ele sabia que era por pura sacanagem que a empresa o mandara embora.* Foi desculpa das mais esfarrapadas a tal "crise". A empresa tinha experimentado uma queda no faturamento, mas isso em verdade não justificava tantas demissões. Meu amigo era do departamento pessoal e tinha noção do custo dos funcionários. Para ele era mais fácil fazer as contas de quanto se fatura e quanto se gasta por mês.

Lá pelas tantas eu tirei da minha garganta o que já começava a ficar engasgado. Pedí que não me levasse a mal, mas apontei que até pouco tempo atrás, ele era um alto defensor de todas as privatizações do mundo, e comia com farinha a besteirada infundada espalhada por Mirian Leitão todas as manhãs no Bom Dia Brasil.

Como não falo o nome do meu amigo, tenho a liberdade de dizer que ele acredita até no Big Brother Brasil. Dizer o que para uma pessoa assim?

Agora ele estava sendo vítima desse mesmo "senhor" mercado que tudo sabe.

Aliás, ele estava sendo vítima do senhor mercado que com nada se importa, exceto com a diminuição da margem de lucro (clique aqui para ver o que a FIESP e o presidente da Philips pensam sobre essa margem).

Pena que agora é meio tarde. Realmente espero que ele consiga logo outro emprego e que comece a parar de prestar atenção e dar apoio a essas ratazanas brasileiras que pululam nossa imprensa mal intencionada a serviço de você sabe quem.



* Na outra ponta, um outro amigo, só que esse eu não via ha muito tempo, tem outra visão da crise. Veja qual.



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