Corretíssima a charge de Bira, para a Charge Online. Infelizmente temos uma classe-média assim, que só privilegia e aprecia o que vem de fora. Dizem os historiadores que isso remonta há séculos quando no Rio de Janeiro por exemplo, com um calor de 40 graus, se usava uma vestimenta européia. Daquela época passamos para Collor com suas gravatas Hermés, tempos em que se tinha Miami por chic e como o sonho de consumo de todo brasileiro que assistisse televisão.
Fosse só isso, não haveria maiores problemas, mas essa cultura de massa criou uma mentalidade doentia que em alguns casos, não exita em literalmente, vender o Brasil em troca de uns tostões. Don Fernando II e seus asseclas mostraram muito bem como se passa a régua num patrimônio de trilhões construído com o esforço e o suor do cidadão comum, em troca de ninharias e favores pessoais.
Esta aí a Vale (do Rio Doce) que não nos deixa mentir. Valia centenas de bilhões, mas foi "doada" aos amigos do Rei.
Naquele tempo e ainda hoje, muita gente continua pensando assim. Ser privado é sinônimo de competência e público é sinônimo de corrupção. Hoje, com quase tudo privatizado, conseguimos perceber o quanto é corrupta a mentalidade que criou a privataria.
O cidadão brasileiro, notadamente esse que é cria da Globo e da Veja deveria se dar conta de que o corrupto está em todo lugar. Muito melhor é exigir do governante que se moralize o sistema público do que que o venda para outros larápios do sistema privado. Fazendo a primeira coisa, toda a coletividade se beneficiará já que teremos a coisa pública melhorada, impostos mais baixos e serviços mais funcionais; fazendo a segunda, apenas queimaremos o patrimônio e criaremos monopólios vergonhosos e inacessíveis. Levante a mão quem nunca foi enganado pela Brasil Telecom!
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