segunda-feira, 16 de março de 2009

SKAF PRESIDENTE

Fenomenal a contribuição do blog do Mello ao Fiespiano Paulo Skaf e sua pretensa candidatura à Presidência. Skaf funcionaria como um Afif Domingos em 1989, como um Ermírio de Moraes.

É a balança que nos faltava na política. Chega de Serras e de Lulas. Votemos todos em Skaf, que atira para todos os lados, chamando banqueiros de agiotas pra amenizar sua imagem de industrial carniceiro e fala, desconcertadamente sobre juros se esquecendo que com esse discurso, está sem querer dando razão à alta da Selic meses atrás, quando seus colegas queriam urgentemente reajustar os preços mas não tinham margem para isso por causa da taxa de juros.

Vejam o que diz o Mello:

"Todo mundo sabe que existe um movimento muito forte em favor da candidatura do presidente da Fiesp, Paulo Skaf, à corrida presidencial de 2010.

Claro que esse “todo mundo” e esse “movimento muito forte” deve ser relativizado. É um todo mundo, é um movimento do mesmo pessoal do “Cansei”. Só que agora parece que eles descansaram e resolveram lançar o nome de Skaf (não confundir com Estafa, que é coisa do antigo Cansei), na base do “se colar, colou”. É só um motivo a mais para fumar charutos, tomar uns uísques.

Mas eu levo a sério essa candidatura. Como acho que Skaf é um excelente candidato para atrapalhar o tucano José Serra (o político mais perigoso do Brasil) dou aqui minha modesta contribuição para a pré-campanha.

Para tornar seu nome mais palatável para o povão, Skaf deveria se apresentar como um igual a quaisquer de nós, que somos sem-indústria. Porque isso é absolutamente verdadeiro. O presidente da Federação das Indústrias do estado mais industrializado do Brasil é um sem-indústria. A que teve (há muito tempo) faliu e deixou um espeto violento em dívidas no INSS, dinheiro que recolheu de seus funcionários e não repassou ao Instituto, conforme reportagem que você pode ler aqui. Eis um trecho:

Mergulhando mais fundo nos anais do INSS, descobre-se que, ao tempo em que mantinha quadro regular de funcionários, a Skaf têxtil acumulou dívidas com a Previdência. Em abril de 1999, quando o débito somava R$ 918,6 mil, o governo, então sob FHC, decidiu bater à porta dos tribunais.

Em agosto de 2000, a Justiça expediu mandado de penhora dos bens da indústria Skaf. Era tarde. Cinco meses antes, a empresa aderira ao Refis, o programa de parcelamento de débitos fiscais. Além da dívida com o INSS, Paulo Skaf reconheceu um passivo com a Receita. Tudo somado, o total parcelado foi a R$ 1,074 milhão.

Sancionada por FHC em abril de 2000, a lei do Refis abriu uma janela de oportunidades. O pagamento dos tributos em atraso foi atrelado a um percentual do faturamento (1,5% no caso da indústria Skaf). Sem prazo para a quitação.

Entre março e dezembro de 2000, a Skaf têxtil recolheu ao fisco R$ 360 mensais. A partir de janeiro de 2001, passou a pagar R$ 12 por mês.

Ou seja, com o pagamento de R$ 12 por mês, Skaf vai precisar de quase 90 mil anos para pagar o que deve ao INSS. Está endividado pela próximas gerações. Como nós. Ou seja, é gente igual à gente.

Não é uma boa ideia?"



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