terça-feira, 6 de outubro de 2009

DIPLOMA DE JORNALISMO

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Muitas vezes vejo em alguns carros um adesivo dizendo assim: "jornalista por formação". E o cidadão, jornalista, tem isso com orgulho.

Outro dia discutindo com um colega JORNALISTA, estudante de Direito, soube que fará sua monografia sobre a decisão da Suprema Corte em tornar desnecessário o diploma pra jornalista. Ele me disse: "Você trabalhou em televisão. Você acha que pra fazer aquilo precisa de diploma?".

E ele está certo. E foi justamente essa a tese movimentada pelo STF. O diploma seria muito bem vindo, mas não pra fazer o que esses senhores fazem.

Não raramente nossos jornalistas são meros repetidores. A maioria deles é. E pior, costumeiramente, nem se dão conta do que estão repetindo. Se alguém no começo da cadeia noticiosa erra, sairá errado até o fim.

Pensar, raciocinar? Pra quê?

Veja esta manchete do Terra, e o link da agência EFE. Alí se fala claramente, MAIS DE UMA VEZ que a Austrália é a primeira economia OCIDENTAL a subir os juros.

Eu tive que reler diversas vezes. Pensei que não era possível. Tá certo que no mapa que o José Serra distribuiu para as escolas foram subtraídos uns países, mas colocar a Austrália no ocidente? Eu achava que ela ficava logo abaixo do Japão. E eu sempre ouvi dizer que o Japão estava no hemisfério oriental.

Clique na foto e veja com seus próprios olhos. E neste link também, mas ele já foi  corrigido quando alguém mais inteligente chegou na redação.


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Clique aqui para saber quais são as Regras Jornalísticas para o Oriente Médio.
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2 comentários:

Anônimo disse...

Hum, isto me lembra um trecho do livro 1984 de George Orwell, onde as notícias enviadas por tubos vem com anotações do tipo "mudar para 'preço da carne cai 12%'". Não importa quem escreveu e para que escreveu a notícia, o que importa a executar a ação, como um bom computador amestrado.
Abços

Aline Fernandes disse...

Concordo quanto à crítica aos jornalistas e principalmente quanto à falta de raciocínio nas redações. Não quero tirar aqui a culpa do profissional, mas também temos que analisar que as redações estão cada vez mais enxutas e as informações cada vez em maior quantidade. Fora outros inúmeros problemas (causas e efeitos) que fazem do jornalismo uma profissão bem frustante.

No entanto, não concordo quanto ao diploma. Se formados, os jornalistas dão exemplo de incompetência, sem nenhuma exigência acadêmica teremos um universo completamente desordenado. Veja pelo Twitter, Orkut, Facebook, onde a informação é livre. Lá ocorrem diversos erros, principalmente de ortografia e também de informação.

Acho que em vez de "tirar" o diploma de jornalista, nossos juristas deveriam pensar em como melhorar a qualidade do ensino e de trabalho dos jornalistas.