No discurso de agradecimento em razão da conquista do direito de sediar os Jogos Olímpicos, o Presidente Lula foi enfático em muita coisa. Uma dessas coisas foi o eterno complexo de vira-latas (expressão cunhada por Nelson Rodrigues) que o brasileiro alimentou por praticamente, toda sua existência.
O pobre, em razão de diversos fatores, vem abandonando este estigma. Ele vem se apegando à música de seu país, aos costumes de seu país, à sua comida, à sua bebida. Em verdade, nunca os abandonou, mas tinha vergonha de reconhecer. O arroz com feijão sempre foi a melhor invenção brasileira, mas desde que as novelas da Globo começaram nos anos 70 a dizer que isso era comida de gente fajuta, o cidadão comum passou a saboreá-la escondido. Ele adorava. Mas se perguntassem, dizia que comia qualquer outra coisa.
O brasileiro era pobre e tinha vergonha de reconhecer.
Como já dito, isso vem terminando.
Mas curiosamente, o complexo de subdesenvolvimento ainda persiste em uma parte daquilo que nos acostumamos a chamar de "elite". E também, em um pedaço nada inexpressivo de nossa classe-média.
A capa da Veja apresentada no destaque dá mostra inequívoca disso. A revista, que adora tabular o slogan "o Brasil que queremos ser" assume sem nenhum disfarce, sua vocação a viver eternamente, como país de Terceiro Mundo. A "elite" que lê e acredita no que diz o folhetim neonazista da famiglia Civita gosta de idéia de ser uma colônia (preferencialmente) dos Estados Unidos. Ainda que para isso tenha que sacrificar sua imagem internacional de cidadão brasileiro. Convém lembrar que esta imagem sempre foi associada a um povo bonachão, alegre, porém, desorganizado, corrupto e incompetente.
Sabemos muito bem que corruptos são os que vivem das verbas públicas para sustentar uma imprensa inepta e vassala. Incompetentes são os que têm medo do trabalho duro e da competição e preferem os bons augúrios da classe governante que lhes garanta um carguinho aqui e alí. Não é demais recordar que o pobre, que essa "elite" tanto despreza, não tem acesso a nada disso. Ou seja, o brasileiro ridicularizado lá fora é essencialmente de uma classe-média que não tem competência para enriquecer sem os favores da corrupção, mas não suporta a idéia dever um pobre subindo na vida.
A "elite" seguidora da Veja prefere ser empregada de bandido do que patroa de sí mesma.
A capa mostrada é de uma ridicularidade atroz. Fala de um pretenso imperialismo brasileiro como nunca antes haviamos visto. Ora, o que se passa em Honduras é condenado pela totalidade da comunidade internacional. E o posicionamento de nossa Chancelaria é elogiado por todos. Menos, claro, pela imprensa nacional, privatizada, que não cansa de se curvar aos interesses vergonhosos de uma claque golpista capitaneada especialmente pelos (republicanos) estadunidenses.
A revista Veja é patética pois desce as calças sem cerimônia, já acostumada à curra que sempre lhe foi reservada. Depois, lambuza-se com as moedas jogadas sobre a cama. Para essa gente torpe, a migalha é o máximo que se pode aspirar da comunidade internacional.
Mas é uma gente que está na contramão do resto da nação, que já percebeu que podemos muito mais.
Veja deveria divulgar que o caso de Honduras não se trata de imperialismo. Se trata de apoiar a democracia. Veja deveria reconhecer que Michelleti é um fascínora golpista que disse publicamente que o motivo do levante foi o fato de as coisas estarem indo melhor para os pobres do que para os ricos de seu país. Falou abertamente que Zelaya aumentou o salário mínimo e isso não pode acontecer. Eles não poderiam permitir a possibilidade de um novo mandato desse homem.
É disso que se trata a indignação vira-lata de Veja. Tolos são os que nela acreditam. Vão perder, de novo, o bonde da história.
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2 comentários:
Ñ fico surpreso em saber que a Veja é um "artefato" da mídia!!!
E ae VEJA !! entãoq uer dizer que um país sofre golpe de estado na américa "democrática" e o Brasil tende a ficar quieto ?!?!!?
E como vcs explicam isso ?!?!
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