sexta-feira, 9 de outubro de 2009

OBAMA NOBEL DA PAZ

.




Obama ganhou o prêmio Nobel da Paz. O Blog do Jornal francês L´Express, Jean-Michel Demetz disse "Obama, Nobel do ridículo".

Infelizmente o articulista não está errado. Gosto muito do Obama e é preciso reconhecer, ele é melhor do que qualquer outro presidente americano nos últimos 80 anos. Mas Prêmios Nobel são sempre política. Tanto o de literatura, quanto da física e especialmente o da paz. E Obama, com seus 9 meses de mandato, ainda não fez por merecer. Falam da diplomacia. Sarkozy disse que era o "retorno da América". Retorno à quê?

Não é nada disso. Obama não fez maiores esforços pra sair do Iraque, aumentou as tropas no Afeganistão. Não foi ativo em relação ao golpe de Honduras, continua com a mesma ladainha em relação ao Irã. A mesma política subalterna e subserviente a Israel em relação ao Oriente Médio. E enquanto a Secretaria de Estado estiver nas mãos da neo-republicana Hillary Clinton (e nos bastidores, da turma do Bush), nada mudará.

Sarkosy sabe sim qual é a verdade, foi apenas diplomático nas felicitações (a eterna hipocrisia internacional). Mas o que ocorre em verdade é que não é o "retorno" da América. Ela nunca chegou a "ir" a lugar algum.

Obama é bem intencionado. Dá pra notar na maneira que ele fala. Ele é de uma honestidade e franqueza muitas vezes surpreendente. Não é hipócrita, em sí. Mas infelizmente, ainda manda pouco em seu próprio país. Vai demorar um tempo até pegar o traquejo e o molejo pra tomar as rédeas da tal "maior democracia do mundo". 

De todo modo, o prêmio ajuda Obama a jogar para a platéia em seu próprio país. Sua popularidade não alcança os 50%. Com o Nobel, talvez sofra menos internamente, especialmente porque o cidadão de seu país está acostumado a um presidente belicista, o que nem de longe é o seu caso.

Se Obama não fez nada pela paz, é verdade que também não fez nada pela guerra.


É mesmo o Nobel do ridículo. Mas ainda é cedo, não dá pra exigir demais dele.

Clique aqui para ler sobre a América de Obama.
.

Nenhum comentário: