segunda-feira, 5 de outubro de 2009

LULA NO WSJ - WALL STREET JOURNAL

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Quando a blogsfera fica mostrando toda hora a nova a forma pela qual o mundo hoje em dia vê o Brasil. Dá a impressão que é algo como tietagem.

Mas não é. O que acontece é que a imprensa nacional, pelo menos aquela engajada (Folha, Estadão, Globo, e especialmente a neonazista Veja) se recusa a dar a dimensão do que está acontecendo atualmente. Se FHC tivesse feito metade do que está sendo feito agora pelo Brasil, seria muito justo que mostrassem. Mas não fez. Sua administração acabou com a inflação, o que não é pouca coisa. Mas pra isso, jogou a economia no buraco, fazendo uma paridade com o dólar, que por pouco não custou todos os empregos da nação. Por muito pouco, não viramos uma Argentina. Não é à toa, que saiu escorraçado do poder e não venceria uma campanha para o Senado, atualmente. Sem mencionar que quebrou a indústria nacional. Só meia dúzia da FIESP ainda o adula. É que esta meia dúzia ganhou muito dinheiro na época. Foram os amigos do rei. Essa qualidade de gente, é sempre escolhida. E claro, não se conforma em ser preterida, nunca.

Bem, o Wall Street Journal publica um artigo que fala que o legado de Lula é essa nova estatura do Brasil. (veja) Um país que sai da condição de eterno terceiro mundista para entrar na galeria das grandes economias. Um mercado fabuloso e agora, reservas de petróleo estrondosas. Reservas estas que foram encontradas não por acaso, como quer fazer crer um pedaço da imprensa nacional. Não foi "sorte". Foi investimento. O Brasil investe na prospecção de petróleo CEM vezes mais do que se investia 8 anos atrás. Se isso tivesse sido feito antes, já seríamos ricos afinal, o petróleo que está alí, já existe desde que o ser humano habita essas paragens.

Mas o que teremos que nos acostumar é com a milenar choradeira da direita nacional, que não aceita ser relegada ao esquecimento. Claro que o mundo é cíclico. Um dia ela volta ao poder, como tem acontecido com alguns países da Europa. Mas ainda deve demorar, pelo simples fato de que muita coisa ainda precisa ser feita. E não é com as privatizações do PSDB que as conseguiremos. Nem tampouco é com a ogeriza que este povo sente pelo pobre.

Não nos esqueçamos que o Brasil só não caiu na crise internacional, porque o pobre está atualmente consumindo. E consumindo muito! Significa dizer que se o mais pobre compra um sabonete, ganham tanto o mercadinho que vende o sabonete quanto o fabricante, o caminhão de entrega, a fábrica de embalagem, o posto de combustíveis e por aí vai. Trocando em miúdos, cada folha de papel higiênico, por mais fuleira que seja, consumida por um cidadão de baixa renda, é um tostão a mais gerado no país. E cada um dos setores da cadeia econômica precisa de trabalhadores. Assim, o desemprego vai sendo deixado pra trás.

Desse modo, o que  muita gente que adora o capitalismo deveria entender é, NÃO IMPORTA se o bolsa família é esmola. Esmola ou não, o cidadão que precisa dela a usará pra comprar comida, papel higiênico, lápis escolar e sabonete.

Todos nós ganhamos com isso.

Ou é tão difícil perceber que os EUA nos anos 1930 só sairam da crise quando o governo começou a distribuir renda? E a Europa do pós-guerra?

O que a blogsfera de esquerda conclama aos insensatos da extrema direita é, sejam sensatos. Quanto mais o pobre tiver, mais teremos nós todos.

Não tem segredo, é matemática pura!

Enquanto isso veja aqui a lógica da fabricação das denúncias e aqui a lógica da manipulação das manchetes. Isso tudo tem um único propósito. Deixar claro que o mundo todo está errado e só a mídia nacional (partidarizada) é que sabe o que é bom para o Brasil.

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2 comentários:

insequapavel disse...

O Bolsa-Família começou,na verdade, com Divaldo Suruagy, em 1984, em Alagoas, cadastrando e pagando os desempregados com 1 salário mínimo, sem que comparecessem aos postos de trabalho. É mais barato manter um com um salário o cidadão, dando-lhe tempo e liberdade para investir no próprio trabalho e girar a roda da economia, do que manter na prisão quem se tornou um ladrão pela necessidade. Collor chamou os beneficiarios do salário cidadão de "marajás', e se elegeu, levando Alagoas à falência, com sua "limpeza" étnica. Viva Lula! Volte Lula!

insequapavel disse...

O Bolsa-Família voltou, depois, com Christovam Buarque, no DF, com o nome de Bolsa-Escola. Claro que me decepcionei com Buarque, um mestre a quem sempre admirei, ao virar casaca, em 2006, por não encarar a pressão do PIG - que ignorou a entrevista dos Vedoin à IstoÉ, mostrando extratos de contas que comprovavam sua denúncia contra José Serra, que comprara mais de 600 ambulâncias via "ilicitações" para se promover "melhor ministro da saúde do mundo". Qualquer governo é eleito pela maioria dos votos, e a maioria é pobre, até na Suíça. É a ela que o Governo tem que favorecer. A Elite tem como se virar. Viva Lula! Volte Lula!