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Trabalhar para os jornais "alinhados" e para a Veja deve ser algo sob pressão. Todo dia você ter que ficar inventando um "especialista" ou um "professor" que diga que o governo Lula não presta, que tudo de bom que acontece no país é por causa da herança de FHC e do real (lembremos, o real foi criado em 1993, por Itamar Franco, portanto há quase 17 anos atrás) deve ser mesmo, uma tarefa árdua.
A Folha, como não poderia deixar de ser, hoje trouxe um de seus "especilistas", o brasilianista Timothy Power, diretor do Centro de Estudos Latino-americano de Oxford (Reino Unido).
Veja alguns trechos fabulosos de alguém que é realmente "isento" e está alí só pra informar e aclarear a cabeça do eleitor que em poucos meses, estará digitando 13 ou 45 nas urnas.
"Os avanços dos dois governos de FHC nunca foram bem explicitados pelo próprio PSDB. O partido não soube vender os avanços eleitoralmente. Isso foi um grande defeito do Alckmin e também de Serra, em 2002. Vou dar um exemplo trivial: a telefonia celular. A expansão da telefonia só foi possível com a privatização do sistema nacional, em 1995. Mas o PSDB nunca tentou faturar com essa avanço. Se o Serra tivesse sido um candidato populista, ele teria ido à televisão com um celular na mão: 'Esse é o celular de Fernando Henrique, foi ele que te deu'"
Nota: a telefonia celular é o único exemplo que "funcionou" e que sempre é usado pela direita em qualquer discurso de bar para defender as privatizações. Vale lembrar que a telefonia privada é a campeã de reclamações do Procon e nos juizados especiais certas empresas tem uma vara "própria", só pra cuidar das "poucas" reclamações a respeito das operadoras que cobram, mas não entregam o serviço. Mas nem é preciso dizer nada. Você tem um celular. Sabe a dor de cabeça que passa a cada par de meses por causa de alguma pilantragem das empresas. Isso sem mencionar os pedágios. Os do governo federal custam cerca de R$ 1,10, os estaduais como os de São Paulo, costumam cobrar algo em torno de R$ 17. Dá pra ver a diferença, o "choque de gestão".
"O caminho para os tucanos vencerem a eleição tem de ser personalizar, marcando a experiência do Serra, e a relativa inexperiência da Dilma. Mas, no fim das contas, a luta que veremos será entre dois administradores. Ela, sem nenhuma experiência eleitoral, mas com muita experiência nacional. Outro, experiência bastante conhecida São Paulo e ainda a experiência no Ministério da Saúde do Fernando Henrique. Não vai ser a conexão com FHC que ajudará Serra."
Nota: sem dúvida, FHC não ajudará Serra. Mas cono descolar um do outro, se um é monstro e o outro, o Dr. Frankenstein? E outra, qual a experiência de Serra, ter sido Ministro? Ué, Dilma também não é ministra faz tempo? FHC tinha alguma experiência? Ele era Senador. E Lula? Ele havia sido deputado séculos atrás. A que experiência esse senhor tenta induzir o pobre leitor a imaginar? A experiência de comandar São Paulo, cuja zona leste está desde 9 de dezembro debaixo d´água e a leptospirose corre solta, ou a experiência de ver uma favela inteira pegando fogo a cada 15 dias? Ou a experiência de privatizar hospitais públicos. Ou a de cobrar os pedágios mais caros do país? Quem sabe a experiência tucana de ter conseguido quintuplicar a dívida pública em seus 8 anos de mandato e estourar a dívida externa. Deve ser essas às quais ele se refere.
"De modo geral, a política externa tem facilitado a emergência do Brasil como um ator no cenário internacional. É claro que quando se faz como Lula que quer estar em cinco lugares ao mesmo tempo, que provocar uma visibilidade intensa do Brasil, vai haver equívocos e erros. Por exemplo, nos últimos meses alguns acontecimentos levaram algumas pessoas a questionar essa intensidade. A presença do Zelaya na embaixada em Honduras, a visita do Ahmadinejad. As críticas que o Brasil vem recebendo de governos e pessoas que geralmente admiram o Brasil e Lula e a política externa brasileira, mostram que pode haver um certo teto, um certo limite nessa projeção."
Só a direita questiona a presença de Lula sobre o caso Honduras. Só Serra diz que foi uma "trapalhada". O ser humano mediano entende que Hnduras sofreu um golpe igualzinho o Brasil em 1964. Nossa imprensa não critica o golpe, não chamou Micheletti de golpista por que ela ajudou a derrubar o governo eleito pelo povo no Brasil naquela época. E o defendeu até 1985. Isso é claro e sabido. Especialmente a Folha e o Estadão. A primeira, emprestou carros de entrega de jornais para a ditadura transportar os torturados sem dar bandeira, e o segundo, chegou até a pedir desculpas por ter sido a favor do regime que torturou, decepou e matou milhares de brasileiros. Tudo para defender os interesses do grupinho amigo, claro.
De resto, ele escreve outras bobagens também. Mas fala bem até certo ponto. Senão ficaria descarado que a entrevista é induzida. Há escorregões quando o repórter dá uma ripada no governo e diz "o senhor não concorda?"
Bem, é difícil ter uma informação isenta, assim. O que a entrevista pretende passar é que Lula foi ótimo, mas já estamos cansados de lulismo. Vamos voltar logo ao PSDB que ninguém é de ferro e precisamos continuar sendo terceiro mundo pois afinal, os países ricos estão incomodados com tantos emergentes lhes tirando o comércio internacional. E não podemos deixar os países ricos incomodados.
Segundo o próprio Estadão em 26 de outrubro de 2007, o Centro de Estudos de Oxford foi criado por FHC e mantido pelo Itamaraty e pela Petrobrás, como ninho tucano por diversos anos. Local exclusivo de simpatizantes da direita, se negou textualmente a ter um estudioso de ideais de esquerda. Veja aqui quem é o "especialista" isento da Folha.
Clique aqui para ver o que é falta de criatividade no mercado de livros-denúncia.
Clique aqui para ir ao mundo real, e ver que a oposição está meio sem discurso.
Clique aqui para ver como a Folha é isenta para publicar qualquer coisa.
Clique aqui para ver que Serra precisa da mídia, inclusive pra falar bem das obras que desabam.
Clique aqui para ver como a refinaria do Maranhão ajuda a enterrar a candidatura de Serra.
E para quem acha que nossa imprensa pode ter a liberdade de falar o que quer, quando quer:
E para quem acha que nossa imprensa pode ter a liberdade de falar o que quer, quando quer:
Clique aqui para entender como a Veja gosta de ver o Brasil progredindo.
Clique aqui para ver (ou rever) Boris Casoy, ex(?)-neonazista, falando o que ele pensa do brasileiro comum.
4 comentários:
Não resisti. Postei uma queixa na universidade sobre as declaraçoes parciais que ele anda vendendo à imprensa brasileira!
"Isso sem mencionar os pedágios. Os do governo federal custam cerca de R$ 1,10, os estaduais como os de São Paulo, costumam cobrar algo em torno de R$ 17. Dá pra ver a diferença, o "choque de gestão"."
Prefiro pagar R$17 para andar numa estrada descente do que R$1,10 numa estrada com alto índice de mortes...
Aliás, que valores são esses hein? Tem muita estrada em SP que custa R$2,00 - R$3,00. Esses valores postados no blog são valores feitos com base na média do "achismo" de algum red? Serío mesmo, depois que vi "Carta maior" na listagem de feeds do blog, já vi que vocês fazem exatamente o que reclamam de empresa: manipulação de fatos, sem manter a neutralidade, num "jornalismo" tendencioso e terrorista.
Vá para o Paraná e veja se encontra algum trecho de pedágio a, R$ 2, R$ 3. Se econtrar, te pago a diferença.
Vá para Florianópolis por uma estrada federal, duplicada, e pague R$ 2,20 pelo trajeto todo. Baixo número de mortes. Se o blog é "red" porque lê a Carta Maior, talvez seja porque os autores já não se contentam em saber a "verdade" da Veja e da Folha, onde o mundo tucano era perfeito, o petista é corrupto e não presta.
Se você ainda não reparou, a função dos que postam aqui é mostrar a diferença, especialmente da imprensa, quando trata de um "cliente" e de outro, que não lhes coloca na folha de pagamento.
O livro "O Brasil privatizado" de Aloysio Biondi conta muito do "sucesso" da privatização da telefonia, leitura OBRIGATÓRIA para quem quer entender como tudo se deu...
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