JEFFERSON E JOSÉ SERRA

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Houve um tempo na política brasileira, quando um cara que se poderia ser chamado de "aliado", realmente vestia sua camisa. Estava mesmo ao seu lado.

Mas os tempos mudaram. Alguns poucos continuam assim.

Obviamente não é o caso de Roberto Jefferson. Depois de detonar o tal mensalão que, queriam, causaria o impeachment de Lula, ele teve que se mandar por uns tempos. Afinal, ele e seus amigos foram pegos com a boca na botija e por causa disso, precisaram dar uma tapeada no eleitor, com a ajuda da sempre dócil imprensa brasileira.

Jefferson, de réu no processo, passou a herói nacional por denunciar o que todo mundo da mídia considerou como o maior caso da corrupção brasileira. Curioso é que ele mesmo estava envolvido até o tado. Mas isso a mídia convenientemente se esquecia.

Memória curta, convenhamos. Bem pouco tempo atrás teve uns episódios de venda de estatais trilionárias e sumiço de dinheiro que ninguém levantou. Mas era melhor deixar. Tinha muita gente "amiga" envolvida na privataria. Muitos amigos da mídia levaram de graça alguns nacos do investimento feito com os impostos dos trouxas brasileiros.

Não bastando isso, o ex-gordo vem ao público dizer o que todo mundo já sabe. Que o casal 20 da Globo privilegiou o candidato tucano, ao invés de ser isento.

O que é bobagem esperar, claro. Isenção não é algo que se cogite quando há trilhões de reais envolvidos nas negociadas possíveis de serem feitas por quem assumir o Planalto. 

E diz a lenda que Serra (se ganhasse, coisa que nem seus patrões levam a sério) já teria loteado um bom naco do patrimônio brasileiro para ser repassado na hora certa, para os amigos certos.

O dado é que Jefferson (talvez acreditando na própria mentira, de que é um franco-atirador) deu mais um tiro nos pés já calejados do nosferatu paulista. Não que ninguém soubesse do que ele falava, claro.

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