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Algumas lógicas da política são realmente perversas.
O cidadão comum custa a acreditar que elas sejam reais. 'É demais", pensam alguns.
Nos anos 60 um livrinho desses da esquerda (banidos pela ditadura) dizia que quando a vacina contra a polio foi inventada (aquela que é usada atualmente), seu inventor, Albert Sabin ofereceu gratuitamente ao governo americano para que aplicasse nas pessoas. Ocorre que a vacina de Sabin não tinha efeitos colaterais, muito ao contrário da anterior, desenvolvida por Jonas Salk. Assim, seria melhor utilizar a nova invenção. Diz o livro que o governo americano rejeitou o uso da vacina de Sabin porque já havia milhões de dólares em contratos firmados com farmaceuticas, que não poderiam ser desfeitos. O cidadão ia ter que se virar com os efeitos colaterais (graves).
Então, diz a lenda que Sabin ofereceu ao então governo soviético. Dessa forma, nos conta a história que a União Soviética foi o primeiro país a utilizar em larga escala a vacina de Sabin, de forma gratuita em seus cidadãos. Uma vacina que não trazia consequência malévolas.
Eu, ordinário brasileiro vivente nos anos 2010, não tenho como saber se isso foi integralmente uma verdade. Especialmente o fato de que o governo da América recusou a invenção por causa dos contratos assinados e que não poderiam ser desperdiçados. Mas não duvido.
Em 1995, em lembrança aos 50 da jogada da bomba atômica sobre o Japão, a revista Veja (pasmen!) publicou uma bela edição sobre o assunto. Entre tantas coisas, contava que corria nos bastidores que um dos motivos que incentivou a largada dos explosivos foi o fato de que "eles já estavam prontos" e custaram milhões de dólares. Além do mais, era necessário ensinar uma lição aos japoneses. Por isso inclusive a escolha cirúrica das duas cidades, de Hiroshima e Nagasaki. Se jogassem em Tóquio, uma cidade muito grande, haveria danos à cultura japonesa e à economia (que a América pretendia anexar, posteriormente). As cidades bombardeadas eram rodeadas por montanhas, o que faria que o efeito cruel da explosão ficasse restrito aos limites do lugar. E pior, funcionaria mesmo como um fabuloso forno de microondas.
O tempo passou e a Veja escancarou para a direita. Hoje ela seguramente não publicaria nada disso e seguramente também, nega que o tenha feito. Mas eu fui testemunha ocular do fato. A Abril um dia criticou os EUA. Também testemunhei o fato de que a América anexou a economia japonesa.
Também sei de outra coisa incontestavel. Quando as bombas foram jogadas, a Segunda Guerra já havia oficialmente terminado. Então, havia motivos mesmo para lançá-las?
Há muitos exemplos que poderiam levar um dia inteiro sendo discutidos. Alguns podem ser verdadeiros, outros apenas exagerados. Temos a tendência natural em não acreditar neles porque como já tido, soa "demais" até mesmo para políticos inescrupulosos. Matar seus próprios cidadãos?
Mas quando vemos o que Hitler fez, quando vemos o que Stalin fez, quando vemos o que o Nixon fez na guerra do Vietnã (ele venceu as eleições dizendo que ia acabar com ela, mas em verdade, a financiava clandestinamente para que não terminasse, pois do contrário, sua bandeira eleitoral sumiria); começamos a achar menos absurda a maldade humana.
E o tal 11 de setembro (que entrou para a história por 2001 e não por 1973 quando a América financiou o assassinato de Allende e a instalação da ditadura no Chile)? Foi Bush ou não foi ele (e seus comparsas, claro) que orquestraram os ataques? Verdade ou mentira, todas as empresas ligadas ao fato, desde a exploração de petróleo no Iraque até a indústria de armas, tiveram lucros gigantescos. Curiosamente, só as empresas de seu grupo de relacionamento e investimento se deram bem. Outras foram à bancarrota com as consequências dos atentados. A do turismo, igualmente gigante, foi um exemplo. Os amigos e as famílias de Bush e Cheney, que ocuparam a Casa Branca, sairam 3 vezes mais trilionários do que já eram.
Esta manhã contei para um colega, que um ex-Prefeito me disse pessoalmente certa feita, que não tinha o menor interesse em consertar os buracos nas ruas da cidade, de forma que eles pudessem não aparecer mais. Um bom asfalto e uma engenharia mediana dariam conta do caso. Porém, se os buracos não aparecessem mais, haveria motivo pra ter as empreiteiras na folha de pagamento? Especialmente depois de períodos de chuva, onde se pode inclusive dispensar a licitação por causa da suposta emergência?
Esse mesmo honesto e probo administrador fez uma coisa monumental. Inventou (aqui nessas bandas) a indústria do congestionamento. Trechos vão sendo esganados para pipocarem os engarrafamentos e extinguir com a paciência do cidadão comum (e alienado). Semáforos vão sendo plantados em cada quarteirão, ruas vão sendo estreitadas e radares vão surgindo a cada quilômetro.
Congestionamentos gigantes justificam obras gigantes (para "acabar" com os congestionamentos).
Os amigos e financiadores agradecem.
Em tempo, o colega Adalberto se refere ao documentário Zeitgeist (já referenciado por este blog em 2009), como sendo um ótimo programa abridor de mentes. Clique aqui para ver mais sobre isso.
Clique aqui para ver que Serra não fala de assuntos que podem complicar sua "imagem".
Clique aqui para ver os doadores de Serra se mandando.
Clique aqui para ver que Serra vai apelar para o "cérebro" dos eleitores.
Clique aqui para ver a receita de bolo do PSDB pra vencer uma eleição.
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4 comentários:
Caro blogueiro: Sempre leio suas ponderadas análises. A título de contribuição (não sei se já conhece) recomendo um documentário chamado "Zeitgeist" que fala sobre todas as "verdades" impostas às mentes humanas há milhares de anos. Não prova nada, porém nos dá uma visão alternativa de fatos e acontecimentos. Dou um destaque especial aos ataques feitos em 11 de setembro. SE já conheces, gostaria de sua opinião a respeito; caso não, poderia ser um instrumento interessante de discussão aqui no blog. Muito saúde e prosperidade a você.
Quanto ao 11 de setembro, não tenho dúvida do envolvimento do governo dos eua. Sobre a vacina da polio, a história é um pouco diferente, envolve também um senhor chamado Hilary Koprowski, que fazia experimentos na mesma época que o Sabin e que hoje é tido como o principal suspeito pela transferência da aids, dos chimpanzés para a raça humana.
O blog já referenciou Zeitgeist em março de 2009 e realmente recomenda a audiência.
Eis o link daquele post:
http://anaispoliticos.blogspot.com/2009/03/inconsciente-coletivo.html
Prezado blogueiro: este negócio de colocar sempre Hitler ao lado de Stalin e dizer "olhe o que eles fizeram" tem um caráter anti histórico e subjetivo que não pode ter continuidade. Stalin fez o quê? Derrotou os nazistas, enfrentou 18 países que o invadiram, acabou com os kulaks, tornou um país analfabeto e atrasado numa potência. Sim, isso é amplamente documentado. Mas quando se fala do terror estalinista, é preciso que se diga: os arquivos já foram abertos nos anos 90, publicações sérias já demonstraram a contrapropaganda e a rede de confusão sobre o socialismo soviético e esse período. Então, é preciso analisar mais profundamente, ir às fontes verdadeiras, conhecer a história como realmente ela aconteceu, para que não pareça somente um slogan, um clichê esse negócio de Hitler, Stalin, Mussolini no mesmo saco. Atenciosamente, Antonio.
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