domingo, 8 de novembro de 2009

ISRAEL VISITA O BRASIL

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Shimon Peres, o Presidente de Israel vem ao Brasil. Por pura coincidência, nos visita próximo da data em que o iraniano Ahmadinejad pisará em nossas terras.

Shimon diz que veio para apoiar a entrada do Brasil no Conselho de Segurança da ONU. Falou que o apoio não tem pré-condições. Mentira, naturalmente.

A condição é que o Brasil não se engrace para o lado do Irã, para o lado dos "terroristas". Sobre a palavra terrorismo acho bacana perceber que os palestinos, que lutam com paus e pedras e colocam bombas no próprio corpo para ir contra os tanques de Israel, sejam terroristas. Já os israelenses, com o apoio e o dinheiro gerado pelos judeus nos EUA, com armamento pesado, mísseis, aviões e soldados super treinados, são sempre bonzinhos. Estão sempre se defendendo contra os selvagens árabes muçulmanos.

De qualquer modo é bom notar que definitivamente o Brasil entrou para o mapa geopolítico internacional. De país do futuro, passamos a ser exigência do presente. Todos nos procuram, todos querem nosso apoio. E engraçado é que isso aconteceu em apenas 6 anos. Ficamos 502 anos no limbo. Bastou alguém que andasse de cabeça erguida no cenário internacional, para que a comunidade dos ricos começasse a nos ver como alguém importante.

Afinal, os ricos já sabiam. Nós temos e sempre tivemos potencial. O nosso calcanhar de aquiles eram os larápios lesa-pátria que infestavam nosso poder dirigente. E não falo só de corrpução, naturalmente. Corrupção tem em todo lugar e em toda época. Falo de amor próprio e nacionalismo. Coisa que os outros parece que não tinham. Estavam apenas interessados em vender tudo e o último que saisse, que apagasse a luz.

Peres vem ao Brasil pra nos cortejar. Vem tecendo elogios, cheio de nove horas. E a importância que temos no cenário internacional pode ser medida pelo fato de que um mandatário israelense não vem ao Brasil há 40 anos. E Israel só visita os que lhe interessam. E os que não lhes são hostís, coisa meio rara, hoje em dia.

Mas Lula não é burro e não nasceu ontem. E como além disso, não é pau mandado como seu antecessor, fará o seguinte. Assinará os tratados de comércio e vai se comprometer a "contemporizar" com o iraniano "terrorista". Já com o "terrorista", Lula falará que irá contemporizar com Israel e assinará acordos de comércio.

Assim, ganhamos dos dois lados. E é como tem que ser. O Brasil não é um país cujo poder decisório esteja nas mãos dos judeus como nos EUA. Nem tampouco de árabes. Inclusive as colônias "rivais" se relacionam muito bem na maioria dos lugares do país, como em Foz do Iguaçu, por exemplo.

No Higienópolis por certo, a coisa não é bem assim. Mas como sabemos, o Higienópolis (com seu líder nato, FHC) é outro planeta.

Clique aqui para ler sobre um curioso protesto de multidões em São Paulo, contra "terroristas".

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