domingo, 3 de outubro de 2010

A IMPRENSA E O DIA DA ELEIÇÃO

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A mídia brasileira é mesmo brasileira. Ou seja, não desiste nunca.

No começo, lá atrás, foi a mentira espalhada pela "grande" imprensa de que Serra estava na frente. Bem, ele estava na frente dele mesmo, já que não havia ninguém do outro lado. Quando o PT lançou sua candidata, a "preferência" por Serra não durou um mês.

Depois, já nas campanhas, as mentiras deslavadas. A tal ficha criminal de Dilma e o monte de lixo publicado sem o menor pudor. Era a mídia partidarizada que viu sua verba federal minguar e o interesse de seus financiadores ficar em segundo plano com o governo do PT. 

Tivemos a reedição dos tais dólares de Cuba, a parceria com as Farc, o "medo" dos investidores externos no "radicalismo" de Dilma,. Tivemos as capas da Veja com o "polvo". As pesquisas falsificadas da Folha,  a manipulação nas entrevistas do Jornal Nacional. Atéo Roberto Jefferson (que depois disse que votaria em Plínio - claro) falou que o casal Simpson facilitou para o Serra. Sem esquecer que Dilma era "traficante", assaltante de bancos e terrorista.
Sem mencionar os artigos do imprensalão metendo a ripa no PT.

Curiosamente, durante mais de um ano, só houve corrupção no Governo Federal. Os tucanos estavam sendo escolhidos como vencedores do Nobel da Paz. Serra estava sendo canonizado enquanto passava a foice nos seus colegas de partido. Todo o resto sumiu da imprensa.

Não dava pra conceber a idéia de ficar mais 4 anos no mínimo, fora do poder.

Quando ficou descarado, através das denúnicas veiculadas pela internet, de que a mídia brasileira era manipuladora e adulava somente um partido, começaram a dar um jeito de maneirar. "Alguns" começaram, claro. A Veja, por exemplo, nunca deu a menor bola para isso. Continuou sua estratégia sedenta rumo ao título de veículo de comunicação mais mentiroso do país.

No dia seguinte ao debate da Globo, na sexta passada, a repercussão no Jornal Nacional mostrou como são sutís as tentativas de implantar o pensamento tucano e só dar voz a um candidato.

Ao perguntarem aos candidatos o que eles tinham achado do debate, Serra foi o único que na resposta, pode não dizer absolutamente nada do que havia sido perguntado. Na edição da matéria que foi ao ar, uma mãozinha a mais de Ali Kamel. Serra em sua resposta dizia que fez isso e que fez aquilo. E que por isso seria bom presidente. Nas respostas de Dilma, Marina e Plínio, a edição da matéria foi coerente. A pergunta era sobre o debate, e a resposta veiculada foi sobre o debate.

Sequer disfarçaram. A edição foi absolutamente proposital.  Serra ganhava mais uma oportunidadezinha de falar que ele é bom e os outros não são. 

Hoje, outro exemplo da sutileza. A manchetezinha de Índio fazendo o terror eleitoral de sempre. Durante a semana, a propaganda desinteressada veiculada na mídia nacional, do programa subliminar que dizia que FHC tinha transformado o Brasil num país sério.

No imprensalão, as chamadas são as mesmas. Segundo turno na cabeça. É o desespero querendo chamar a atenção daquele que vota em quem está ganhando. Se é que ainda existe eleitor assim.

Não comentam obviamente o caso fabuloso do Paraná, onde ninguém podia divulgar pesquisas porque na visão da tucanada, elas eram todas fajutas. Eram fajutas porque não diziam que Richa não ganhava?

Mas interessante. O que a mídia esteve veiculando todos esses dias é que Lula censurava a imprensa. Ninguém lembrou de falar que o  PSDB censurava até as pesquisas (a imprensa ele não precisa, ela já está toda no bolso).
Até o final do dia um suplício a mais. Aguentar o blablablá "desinteressado" e "isento" da imprensa brasileira.

A mídia não desiste nunca.

Clique aqui para ver que FHC surrupiou obra de um colega e disse que era dele.
Clique aqui para ver que Serra inaugurou até maquete!
Clique aqui para relembrar do filho de FHC que a Globo escondeu.
Clique aqui para relembrar que FHC disse que Serra era o pai das privatizações.
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Um comentário:

IB disse...

A política como ela é, e sempre será
Primeiro, eu quero parabenizar-los pelo informação serie e parcial.
Nós sabemos do massacre da motosserra liderada pela imprensa partidária e sei que o presidente Lula as vezes, eu digo as vezes perde a noção. Mas quais as armas usar para defender sua posição e seus ideais.
Ou será que o presidente Lula deveria impor e planejar estratégicas para controlar a imprensa brasileira.
Na revista Veja tem um matéria sobre os tentáculos do polvo Lula sobre o poder; uma alusão ao poder de presidente.
Mas os tentáculos do polvo estão liderados pela imprensa capitalista e cheio de más intenções.


http://www.imprensabrasileira.com.br/