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O jornal argentino Los Andes de Mendoza traz a seguinte manchete: "Bush reconhece: ´Abandonei a economia de mercado´"
Disse que ficou desolado por fazê-lo mas explicou que assim agiu para que a economia não se desfizesse.
Ué, então me pergunto se esse sistema era tão bom assim, pois, se numa crise ele se desfacela e você tem que optar urgentemente pelo plano B (aquele que não te deixa na mão), existe algo muito errado na lógica financeira do mundo.
Você compra um carro maravilhoso, entulhado de tecnologia mas desafortunadamente descobre no meio da tempestade que quando molha, ele pifa, e te larga a pé.
Talvez seja por isso que os japoneses fazem carros duráveis, mas sem frescura. Uma hora ou outra essas bugigangas vão te decepcionar.
Ora, um estudante de segundo grau que já tenha brincado com o Banco Imobiliário (monopoly) e que tenha prestado atenção aos acontecimentos econômicos do mundo, já se deu conta que em verdade, o sistema de livre mercado a qualquer custo, não passa de uma pegadinha. Não é nada mais do que uma brincadeira desenhada para enriquecer alguns até o limite não importando as consequências.
É quase uma pirâmide. O primeiro a embarcar fica milionário. O último precisa chamar a polícia.
E não, eu não estou dizendo aqui que o capitalismo é de todo ruim. Mas o que esses senhores desenvolveram não foi capitalismo. Nada tinha a ver com o descrito por Adam Smith, nem por Keynes. Foi um sistema sem nenhuma regulamentação onde de propósito, os governos se ausentavam para permitir que nesse ínterim, os amigos do rei enchessem as burras de dinheiro.
Foi verdadeiramente a autorização legal para conglomerados financeiros assaltarem o cidadão comum.
Isso deveria servir de lição. Dá próxima vez em que te disserem que existe um mundo de lucros e mercadorias fantásticas lá fora e que o preço por isso tudo é muito baixo, quase de banana, duvide. Como bem disse Milton Friedman, "esse negócio de almoço grátis, não existe". Alguém sempre vai te cobrar, de alguma forma.
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