segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
E-MAIL DE OUVINTE INDIGNADO
Tive acesso a um e-mail enviado ao jornalista Heródoto Barbeiro da CBN em 11 de agosto de 2005.
Nele, o ouvinte indignado (que vou me permitir suprimir o nome) reclama da parcialidade da mídia.
Ja faz 3 anos, mas poderia perfeitamente ter sido escrito ontem.
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Olá!
Tenho sensações estranhas a cada vez que acompanho o noticiário pelos
jornais, rádio ou tv. Mas duas coisas me chamaram a atenção nestes
últimos dias.
Ao ouvir o rádio ontem pela manhã, cheguei a ter pena do deputado ( se
não me engano, do PSDB) que na manchete teria pedido para que
"distribuissem o dinheiro (que estaria fora do país) entre os
integrantes da CPI". Convenhamos. Ele NÃO disse aquilo. A idéia
poderia ter sido sim, infeliz e idiota de pedir a guarda judicial do
dinheiro para a CPI. Mas dizer que ele queria distribuir a grana entre
todos, é ridículo.
E hoje, o presidente Amir Lando, NÃO disse que a nova lista do Marcos
Valério era era falsa. Ele disse apenas que a desqualificava. Uma
prova obtida por meios ilegais pode ser desqualificada, mas isso não a
torna falsa.
Se fosse falsa, significaria que alguém, deliberadamente a inventou e
os nomes alí constantes não correspondem às transações efetivas
havidas entre os partícipes.
O que ocorre na CPI já é picadeiro suficiente pra nos indignarmos, não
precisamos de mais gente aumentando os estapafúrdios boatos.
Tem a CBN com o Jabor dizendo textualmente que não houve governo mais
honesto que Fernando Henrique, a Veja falsificando intenções das
pessoas e colocando nas legendas (o caso deste final de semana da
menina que queria o "Fora Lula", quando na realidade era bem ao
contrário); os jornais publicando coisas das quais nenhuma confirmação
têm e para justificar sua linha editorial, argumentam que "fontes"
próximas a fulano ou cicrano disseram isso ou aquilo.
Claro que seria muito bom que a imprensa fosse tão transparente e
preocupada com a moralidade e ISENTA como ela tanto gosta de dizer.
Mas pelo jeito, é pedir demais um tantinho a mais de seriedade nas
coisas levadas ao público.
Ou não?
.
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