sábado, 13 de dezembro de 2008

MINO E OS 40 ANOS DO AI5

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Mino Carta é muito bacana. Gostaria muito de conhecê-lo pessoalmente. Quero crer que seja um daqueles senhores com quem se poderia sentar na varanda de casa para que ele lhe contasse sua visão do mundo, das coisas que passou.

No meu modo de ver, é um exemplo de pessoa que usou o tempo para aprender e evoluir. Por mais que eu não o conheça de perto, a partir de seus textos que acompanho já desde moleque, pude ir moldando uma expectativa de caráter.

Vejamos que o que se escreve é uma das formas de transparecer seu caráter. Mino poderia ser um senhor raivoso, inconformado, Uma daquelas gentes que, quando se está no mesmo ambiente que elas, sentimos o teto baixar. Ele poderia ser "filósofo" (com aspas, mesmo) arrotando uma pseudo-sapiência, dizendo que só ele sabe das coisas e todos os outros nada são além de ignorantes, ou poderia ser âncora de programa jornalístico dizendo que "isso é uma vergonha", mas em verdade, não esquecer seu horror indisfarçado pela democracia (ou no mínimo, a democracia que beneficie o povo e não somente a meia dúzia de bem nascidos do Higienópolis). Dizem que a aura que cada um traz é que nos denuncia. Mino poderia ser vassalo, mas não é. Fico feliz em imaginar que existam muitas pessoas como ele no mundo.

Bem, fiz essa pequena introdução para trazer um texto dele publicado na Carta Capital em razão dos 40 anos do AI5. Vá até o sítio da revista e dê uma olhada.

Depois disso, se você tiver paciência e estômago, leia o que o sr. Reinaldo Azevedo escreveu sobre o AI 5. Ele consegue colocar a culpa do golpe em Jango e nas pessoas que acreditam no pensamento de esquerda. No âmbito criminal, é como colocar a culpa do estupro, na mulher que andou com a mini-saia.

É por causa desses "pseudos-intelectuais" (entre os quais Azevedo consegue se destacar pela inacreditável estupidez, mas é seguido de perto por Diogo Mainardi - coincidentemente ambos pagos pelo mesmo patrão) que ressalto o caráter de Mino e de todos os que não se vendem por trinta dinheiros.

ps. Aliás, também não deve ser o caso destes senhores de Veja. Eles certamente se vendem por menos que isso.

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