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A jornalista canadense Naomi Klein, em seu livro A Doutrina do Choque nos apresenta a um termo muito curioso para descrever a sana entreguista de alguns governos. O termo é "capitalismo de patota". Através desses dizeres ela nos faz conhecer iniciativas ao redor do mundo, inclusive do Brasil, onde se pega o que foi construído com dinheiro e impostos públicos, portanto, o trabalho de todos, e se entrega a um certo grupelho de pessoas, pré-selecionado.
Esse grupelho de maneira geral, esteve com o tal governante em alguma situação pretérita. Ou era amigo do rei.
Naomi nos diz (com razão) que o problema não está na privatização em sí, como acreditam alguns esquerdistas mais radicais. O problema está em privatizar sem critério que faça prevalecer o bem público, utilizando-se de meios para favorecer aqueles a quem interessa.
Foi o caso, entre tantos exemplos, da entrega da Vale do Rio Doce. Ela foi doada por Don Fernando II aos atuais donos por uma fração de quem sabe, um por cento de seu valor real. E o dinheiro arrecadado foi novamente redistribuído aos amigos na forma de empréstimos sem garantia e pagamentos de juros da dívida pública. É brincar de livre mercado, desde que o "livre" favoreça à eterna meia-dúzia de clientes do governo vendilhão. Vá você com sua empresinha ver se consegue alguma facilidade. Levará com a botina no traseiro.
A Gazeta do Povo, jornal normalmente ligado ao pensamento neotucano do Paraná, nos brinda com uma rara e inesperada reportagem que mostra o governador peessedebista Beto Richa, fazendo o que está presente de forma mais natural no DNA de um tucano. Privatizando.
O governo Richa diz que não compensava manter um avião em uso há mais de quarenta anos em razão do risco que a aeronave poderia significar. Até aí, tudo bem. Mas vendeu o bólido ao dono de uma empresa que já esteve ao seu lado em outras épocas por um preço camarada. Não bastando, alugou desse mesmo cidadão outra forma de voar pelo valor módico de aproximadamente 2 milhões de reais a cada 3 meses.
Este escriba não entende nada de aviões, então pode estar falando uma grande bobagem. Mas numa matemática básica, isso significa que são aproximadamente 8 milhões de reais por ano gastos em aluguel. Fazendo uma busca não muito minuciosa por aí, a gente fica sabendo que com essa grana dá pra renovar com folga o armário de aviões do governo estadual.
Interessante vindo de um governo que quando assumiu, fez o maior carnaval porque o governador anterior, teria deixado o Estado quebrado. Parece então que o Paraná estava quebrado só para o que interessava anunciar, para outras coisas, a viúva tinha sim, o dinheiro.
É uma bolsa recheada, a desta matrona pública.
É uma bolsa recheada, a desta matrona pública.
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