terça-feira, 30 de dezembro de 2008

O EIXO HIGIENÓPOLIS E O CONFLITO ÁRABE-JUDEU

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Você pode até pensar que o Brasil não tem nada que se meter na política EUA/Israel/Palestina. Pense o que pensar, duvido que já tenha ouvido de qualquer outro presidente brasileiro palavras tão objetivas e sinceras quanto às de Lula sobre a intervenção americana.

Veja no Vermelho:

"Nós do Brasil vamos trabalhar para fazer um esforço grande junto aos outros países, para ver se a gente encontra um jeito daquele povo parar de se matar, de se violentar, porque também não pode apenas os Estados Unidos ficar negociando, porque já provou que não dá certo”,
“O que está provado é que a ONU não tem coragem de tomar uma decisão e colocar paz naquilo lá. E não tem coragem porque os Estados Unidos têm o poder de veto, portanto, as coisas não acontecem”.

“Tem eleições no próximo ano e temo que a pessoa com a pesquisa na mão, achando que deve atacar, faça o que o presidente Bush fez na guerra do Iraque. Ele tinha a pesquisa de que os americanos eram favoráveis e fez a guerra para ganhar a eleição no segundo mandato”.

Naturalmente tem um monte de gente no eixo Higienópolis-Higienópolis achando que o certo mesmo é nosso Mandatário ficar de boca calada e assinar embaixo o que Obama vier a fazer.

Na época do presedente esquecido, nossa chancelaria tinha cabeça de peixe.

Então, melhor mesmo é ver neste vídeo Don Fernando, aqueles que todos querem esconder, levando o maior pau no programa britânico Hard Talk, que nem de agora é, já é velhinho. Não tinha Copa, não tinha Olimpíadas e não tinha redução da pobreza como temos agora, pro jornalista inglês (tinha que ser de lá) jogar na cara de FHC.

Veja e se divirta



Clique aqui para ver que o PSDB cenrsurou o programa que o PT tinha direito em São Paulo, porque não admite concorrência em seu curral eleitoral. 

Clique aqui para rir com o politicômetro da Veja. 
Clique aqui para ver o estadinho não falando nada da maquete do Serra, mas reclamando do Lula.
Clique aqui para ver que Suplicy novamente virou o bobo da corte.
Clique aqui para ver o Estadão tentando dizer que Dilma é o bicho-papão.
Clique aqui para ver que nem Serra defende FHC.
Clique aqui para ver o papel ridículo do Estadão.
Clique aqui para saber da cara de pau de Pedro Simon.
Clique aqui para ver o tapa de luvas em "nazy" Casoy. Dilma samba com garí no carnaval. 
Clique aqui para ver o "sucesso" de José (quem?) Serra no carnaval do nordeste.
Clique aqui para relembrar sobre o filho de FHC com a jornalista, que a Globo escondeu.
Clique aqui para ver a ótima charge americana sobre o dinheiro na cueca.
Clique aqui para ver algumas diferenças da mídia brasileira e da americana
Clique aqui para ver o fabuloso discurso de Arruda no plenário, na época, negando tudo.
Clique aqui para ver o que a Globo falou sobre a polícia de Arruda e os manifestantes contra a corrupção.
Clique aqui para ver que a Globo, mesmo depois de saber das imagens, tentou desviar o foco.
Clique aqui para ver o dinheiro na meia.
Clique aqui para ver o aliado de Serra, embolsando ele mesmo o dinheiro
Clique aqui para ver a pocilga que virou o Brasil nas mãos desta gente.
Clique aqui para ver FHC surrupiando obra de um colega, e dizendo que é dele
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LOSEKANN E SEU EDITORIAL

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Acerca de coberturas tendenciosas, não me esqueço das de Marcos Losekann sobre os conflitos árabes-judeus para o Bom Dia Brasil ou Jornal Nacional.

Era patético, parecia um filhote israelense-americano, tentando se alinhar à política estadunidense imperante.

Fiquei absurdado quando ele, notadamente tendencioso, fez um editorial sobre o levantamento dos assentamentos judeus há cerca de 2 anos, ainda sob a égide do nazista Ariel Sharon. A partir daquela reportagem eu quase embarquei para o Oriente Médio para ajudar a lutar contra os bárbaros palestinos.

Sinceramente não sei o que certa claque da imprensa brasileira pensa que ganha reproduzindo ipsis literis o besteirol judeu-americano.

Até nisso eles conseguem ser ridículos.

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segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

ARROZ: OS EUA AINDA AGRADECERÃO A BUSH

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Da Condoleeza Arroz, na notícia do Terra:

"Isso não é um concurso de popularidade. Sinto muito, mas não é. A administração Bush é responsável por ter tomado boas decisões, a longo prazo, sobre os interesses e valores dos americanos. Não para as manchetes de hoje, mas para a história."

E mais:

"em breve as pessoas começarão a agradecer o presidente americano pelo que ele fez."

"Butcher" realmente fez uma coisa em prol do planeta que nenhum outro presidente americano fez. Ele de fato, mostrou a cara dos Estados Unidos para a humanidade, coisa que antes dele, era totalmente disfarçada. Quantos não acreditaram por anos a fio que aquela realmente era a maior democracia do mundo, enquanto se bombardeavam países inocentes e se instalavam ditaduras em busca de recursos naturais e petróleo?

Particularmente, eu já agradeço a Bush há 8 anos.

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domingo, 28 de dezembro de 2008

MAIS OUTRO ATAQUE DE ISRAEL

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A foto acima é do jornal New York Times sob o título "ataques israelenses à Faixa de Gaza continuam pelo segundo dia".

No texto do jornal, encontramos as mesmas bobagens de sempre, dando mostra de que SEMPRE israel está "retaliando" algum ataque anterior dos palestinos. Noam Chomsky já tratou disso muito bem no livro Piratas e Imperadores (leia aqui na íntegra a versão em espanhol).

Bem, não vá você perder seu tempo tentando entender a estapafúrdia política internacional dos racistas de Sion. Eles não admitem crítica. Não admitem ser contestados.

Entenda apenas que se por um lado os políticos palestinos podem não ser exatamente flor que se cheire, também não o são seus colegas de Israel.

No meio disso, milhares de inocentes morrem ou têm seus corpos despedaçados todos os anos.

Também convém lembrar que não é a primeira vez que Israel promove ataques na semana cristã do Natal.

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BALÃO DE ENSAIO

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Rememorando a pergunta que fiz ao Governador do Paraná, Roberto Requião, certa vez durante uma entrevista:

"Governador, o que o senhor acha da possível candidatura de Fulano de Tal ao Governo nas próximas eleições?"

Ele, com toda sutileza que lhe cabe, me disse de maneira objetiva: "Bobagem. É uma candidatura balão de ensaio. É o famoso se colar, colou"

Como de fato pude perceber posteriormente, o Fulano de Tal sequer chegou a concorrer. Ele simplesmente deixou vazar num certo segmento da imprensa (que pertencia a ele) que gostaria de pleitear o cargo mas que só o faria se fosse escolhido pelo partido. Esta aliás, outra grande bobagem costumeiramente proferida pelos políticos.

Como notou que não houve o menor entusiasmo popular acerca de sua pretensa volta aos estábulos, não se delongou com a falação.

Daí me veio à mente a ladainha da imprensa direitóide sobre o suposto apoio do Presidente Lula ao Governador Aécio Neves na corrida de 2010. Na época eu ainda me dispunha a dizer aos incautos que essa não era uma hipótese. Lula pode não ser um radical de esquerda e nem ter diferenças enormes para com a cria de Tancredo. Porém, Lula é um homem de partido, ou no mínimo, é um homem de coligação.

O que se passou é que naturalmente, era a vontade de nossa mídia psdbista. Isso porque na época Lula nem tinha os 84% de aprovação de que dispõe agora. Mesmo assim, queria tratar de fazer o lulismo sem Lula, que prossegue até hoje. Sabedores da boa imagem do Presidente apesar das porradas constantes, não podem conviver com a idéia de ficarem longe do poder por mais 8 anos. Por isso, não se furtam a lançar todas as tolices possíveis e ir vendo qual delas vai pegar. E como nossos amigos não se conformam com a idéia de estarem afastados do Planalto por mais um longo período, perdem até os escrúpulos em sacrificar sua legenda predileta, a dos tucanos.

Segundo a versão circulante, Lula apoiaria Aécio se ele deixasse o PSDB e fosse para o PMDB.

Como esse factóide não grudou, tornaram a debandar todos novamente para o lado serrista da sigla, afinal o bom filho à casa sempre retorna.

Nesse meio tempo, para minha diversão, o torneiro mecânico vai quebrando paradigmas e deixando careca nossa imprensa "cantanhêde". Vou prestar atenção nos próximos balões de ensaio que as "Folhas" trarão com exclusividade.

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sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

BRASIL É ESCOLHIDO O PAÍS DO ANO

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Apesar de nossa "grande" imprensa dizer o contrário, falar que o mundo está acabando e que o Brasil já pode ir apagando a luz porque a festa acabou, a Agência Americana de Comércio e Negócios (USTDA) nos escolheu como o "país do ano".

"Ao estabelecer suas prioridades, o Brasil continuou focando tanto em desenvolvimento da infra-estrutura quanto no crescimento econômico", disse o diretor da USTDA (Larry) Walther. "Nosso programa responde a três dessas prioridades e demonstra a efetividade da USTDA em trazer a tecnologia americana, sua expertise e inventividade para priorizar os projetos de infra-estrutura"

Mas naturalmente nossa mídia reacionária não deu muito destaque a isso e nem aos outros bons prêmios que tanto a administração federal quanto o próprio Presidente Lula receberam recentemente.

Assim, eu digo, não gaste seu seu dinheiro com essa imprensa que em verdade, não se interessa em te manter informado. Se interessa apenas em eleger José Serra como o próximo mandatário.

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O NOVO NEW DEAL

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Alguns trechos de um bom artigo do jornal britânico The Nation, em tradução livre e não integral. Veja aqui a íntegra.

Esse artigo serve para aqueles que vivem de descer a ripa no Brasil, achando que é o "quarto mundo". Aqui se dá uma palinha sobre o drama da América.

A deterioração estadunidense vem num crescendo desde a década de 1970. Tanto lá como cá, a tomada do poder pelos conservadores econômicos ocasionou estragos consideráveis.

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Quando Nixon anunciou que somos todos Keynesianos, a stagflação confundia os economistas liberais (de esquerda) e os conservadores estavam prestes a assumir o comando. De maneira similar, quando Clinton anunciou que a era da "grande máquina governamental" estava acabada, o conservadorismo economico estava prestes a nos tirar da beira do penhasco. Agora, a era da "da grande máquina governamental está acabada", está acabada.

Gary Wills diz que os americanos consideram o governo um "mal necessário", um último recurso. Bem, pessoal, todos os outros recursos estão para terminar. Em novembro, a América perderu mais de 500 mil empregos, o pior mês em 34 anos. Nós perdemos mais de 2 milhões durante 2008 e o "craque" está se acelerando ao redor do globo.

Ao mesmo tempo, a América está se despedaçando, literalmente. Testemunhamos New Orleans, a queda da ponte em Minneapolis, a explosão dos encanamentos de gás que fecharam 10 quarteirões em Manhattan. Mas estas trágicas catástrofes são um pequeno pedaço dos custos crescentes da era conservadora que falhou em investir em nosso futuro.

O desdém governamental produziu um avariado investimento público. A infra-estrutura central da América - estradas, pontes, aeroportos, tráfego em massa - está ultrapassada e ca mbaleante. As evidências são demostradas por Eric Lotke no "Déficit do Investimento na América".

As péssimas condições nas estradas custam bilhões em reparos e incontáveis horas de atraso aos americanos. Enquanto a China abre um sistema de metrô a cada ano, e os europeus viajam de Paris a Frankfurt em trens de alta velocidade, as estradas de ferro americanas não têm sequer dinheiro para manterem sua estrutura já ultrapassada.

As cidades sofrem uma epidemia de encanamentos quebrados com a Agência de Proteção Ambiental estimando em mais de 40 mil descargas de tóxicos dentro de nossa água potável.

O departamento de educação descobriu que um terço das escolas estão em severo estado de decomposição e isso "interfere na qualidade do ensino".

Com o colapso das velhas bases, as necessidades do século 21 estão sendo ignoradas. Nós mantemos nossa dependência de petróleo. Na medida em que cresce a população, falhamos em promover serviços de qualidade para as crianças e programas de pré-jardim de infância para educar as futuras gerações.

As faculdades e treinamentos avançados essenciais à economia moderna são tidas por mais e mais americanos como sendo inatingíveis. Nosso sistema de saúde está quebrado, consumindo recursos demais para promover cuidados de menos. Nós inventamos a internet, mas no ranking dos países mais desenvolvidos estamos em décimo-quinto lugar em acesso à banda larga. No Japão a taxa de velocidade da banda larga é muitas vezes maior do que a nossa. O investimento federal em pesquisa e desenvolvimento é a metade do percentual do GDP dos anos 1960.

É tempo de a América investir. Recuperar da crise e providenciar o imperativo. Mas transformar a crise em oportunidade não é suficiente. O fundamental é como em pouco tempo chegaremos ao novo New Deal, uma permanente expansão do contrato social.

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quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

A CRISE? QUE CRISE?

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Esta saiu no blog do Azenha:

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"Paulo Maurício

CADÊ A CRISE?

Azenha, acabei de chegar da happy hour, vindo de uma chopperia grandona aqui de Petrópolis, no Rio. Point dos bons, lotado, botando gente pelo ladrão.

Sabe aquelas festas de confraternização de fim de ano de empresas, com amigo secreto, trocas de presentes? Era o que rolava.

Aqui são as confecções que predominam, há anos às voltas com a concorrência chinesa, desleal, predatória.

Pois bem, de repente, como se fosse torcida de futebol, começa um coro espontâneo numa das mesas, primeiro timidamente, mas que vai contaminando todo o ambiente:

- Cadê a crise, cadê a crise?

E a coisa vira coro pesado, o bar em uníssono, repetindo o bordão numa espécie de frenesi.

Fiquei "bolado". Jamais havia presenciado uma manifestação tão espontânea, ainda mais numa cidade conservadora até a medula que ainda se jacta de acolher uma certa "realeza imperial" de orleans e braganças, mofo puro!

Bom, mas de repente um sujeito barrigudo e super boa praça - que eu nunca tinha visto mais gordo - me abraça e diz:

- Eu tenho horror ao Lula mas, também, tenha a santa paciência, a mídia tá forçando a barra prá enfiar essa tal de crise goela abaixo da gente!

Eu vim correndo prá cá cagüetar o fato e ele lá ficou, fazendo coro com a galera, feliz da vida:

- Cadê a crise, cadê a crise?"

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Bem, eu também não ví essa tal crise...

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terça-feira, 23 de dezembro de 2008

DE VOLTA, OS CARAS-DE-PAU

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Se existe uma coisa na qual o brasileiro é craque é esquecer fácil a barbaridade dos políticos.

E se tem outra coisa na qual ele parece insuperável, é a de produzir essa raça de políticos caras-de-pau.

Aqui no sul, no norte no nordeste ou no sudeste temos exemplos em profusão. Gente que foi defenestrada um dia nas urnas, que não podia ser vista na rua que corria o risco de ser linchada, resolve aparecer discretamente aqui, acolá, fazendo comentários sobre isso e sobre aquilo. Se aproveitando sobremaneira da memória curta dos brasilianos para colocar para fora do buraco, sua cabeça corrupta e mal intencionada.

Pretendem posar de experientes. As vezes até de injustiçados e incompreendidos.

Fiquemos nós, cada um de nós, de olho nessas peças hediondas que nos presenteiam diabolicamente com suas auras de vendilhões. Eles voltarão, agora escudados sob o logotipo da iniciativa privada para dar exemplos de como se administra uma cidade, um estado ou um país.

Infelizmente, a tal da democracia permite essa coisa nefasta. Mao Tsé sabia muito bem lidar com essa laia.

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REVISTA ESQUIRE SOBRE LULA

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Na revista americana Esquire, sobre por qual razão Lula é uma das pessoas mais influentes do mundo:

"Because he's the Bill Clinton of South America."

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segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

LULA É O 10° CHEFE DE ESTADO MAIS PODEROSO

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A Newsweek elegeu os 50 mais poderosos do mundo. Lula ficou em décimo-oitavo. Na sua frente ficaram obviamente Barack Obama, alguns poderosos da economia estadunidense (que ainda segue sendo o carro chefe da economia mundial - por não muito tempo), Hu Jintao, alguns europeus e uns trilionários do oriente médio por seu notório poderio econômico.

Segundo o UOL, assim a revista se refere a Lula:

"Economistas temeram quando o ex-sindicalista tomou posse em 2003, mas logo puderam respirar fundo. Brasil, antes à beira da ruína, agora tem US$ 207 bilhões em suas reservas de Tesouro e a menor taxa de inflação no mundo desenvolvido. Graças à política fiscal inteligente de Lula, o Brasil está entre as economias emergentes mais saudáveis", diz a revista sobre a escolha."

Convém notar que desta lista somente 12 são líderes de seus países (presidentes, primeiros-ministros, etc). Nesta lista, Lula está entre os 10 mais poderosos.

Eu, que cresci vendo o Brasil ser ridicularizado, ter um presidente que falou enquanto era deputado que nossa única salvação era ser um anexo dos EUA e um chanceler que tirava o sapato para entrar na América, acho isso uma grande evolução.

Veja a lista:

1. Barack Obama (presidente eleito dos EUA)
2. Hu Jintao (presidente da China)
3. Nicolas Sarkozy (presidente da França)
4-5-6. 'Triunvirato Econômico' (formado por 4. Ben Bernanke, presidente do Fed, 5. Jean-Claude Trichet, presidente do Banco Central Europeu (BCE), e 6. Masaaki Shirakawa, presidente do BC japonês)
7. Gordon Brown (primeiro-ministro britânico)
8. Angela Merkel (premiê alemã)
9. Vladimir Putin (primeiro-ministro russo)
10. Abdullah bin Abdulaziz Al-Saud (rei da Arábia Saudita)
11. Ayatollah Ali Khamenei (líder religioso do Irã)
12. Kim Jong Il (líder norte-coreano)
13-14. 'Os Clintons' (13. Hillary Clinton, ex-primeira dama e atual Secretária de Estado dos EUA e 14. Bill Clinton, ex-presidente dos EUA)
15. Timothy Geithner (Secretário de Tesouro dos EUA)
16. General David Petraeus ( comandante das tropas americanas no Iraque)
17. Sonia Gandhi (presidente do Partido do Congresso da Índia)
18. Luiz Inácio Lula da Silva (presidente brasileiro)
19. Warren Buffett (megainvestidor bilionário)
20. Gen. Ashfaq Parvez Kayani (comandante do exército paquistanês)
21. Nuri al-Maliki (primeiro-ministro do Iraque)
22-23. Bill e Melinda Gates (criador da Microsoft e esposa)
24. Nancy Pelosi (presidente da Câmara dos Deputados dos EUA)
25. Khalifa bin Zayed Al Nahyan (presidente dos Emirados Árabes)
26. Mike Duke (executivo-chefe da rede Wal-Mart)
27. Rahm Emanuel (chefe de gabinete de Obama)
28. Eric Schmidt (presidente-executivo do Google)
29. Jamie Dimon (diretor-executivo do JPMorgan Chase)
30-31. Amigos de Barack Obama (assessores do presidente dos EUA David Axelrod e Valerie Jarrett)
32. Dominique Strauss-Kahn (diretor-gerente do FMI)
33. Rex Tillerson (executivo-chefe da Exxon Mobil)
34. Steve Jobs (executivo-chefe da Apple)
35. John Lasseter (diretor de criação da Pixar)
36. Michael Bloomberg (prefeito de Nova York)
37. Papa Bento 16 (líder da Igreja Católica)
38. Katsuaki Watanabe (presidente do grupo Toyota)
39. Rupert Murdoch (magnata de mídia)
40. Jeff Bezos (diretor-executivo da Amazon)
41. Shahrukh Khan (considerado o ator mais conhecido de Bollywood)
42. Osama bin Laden (terrorista mais procurado do mundo)
43. Hassan Nasrallah (xeque líder do Hizbollah)
44. Dr. Margaret Chan (diretora da OMS, a Organização Mundial da Saúde)
45. Carlos Slim Helú (magnata mexicano de telecomunicações)
46. Dalai Lama (líder espiritual tibetano)
47. Oprah Winfrey (apresentadora de TV)
48. Amr Khaled (telepregador egípcio)
49. E. A. Adeboye (pregador pentecostas da Nigéria)
50. Jim Rogers (megainvestidor e ex-sócio de George Soros)

Veja a Elite Global da Newsweek"

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domingo, 21 de dezembro de 2008

O SAPATO DE BUSH GERA EMPREGOS

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Bush finalmente criou alguns empregos, so que em Istambul, na Turquia.

Acontece que um fabricante de sapatos afirma que ele é o responsável pela feitura do artefato que quase atingiu o presidente estadunidense na cabeça.

Assim, começaram a surgir novos pedidos de calçados, principalmente vindos dos EUA e da Grã-Bretanha além da vizinhança muçulmana do Iraque. Só desse país já chegou a encomenda de 120 mil pares.

Isso gerou 100 novos empregos na fábrica. O proprietário está pensando em mudar o nome para "o sapato de Bush" ou "bye-bye Bush"

"Temos vendido este sapato a anos, mas graças a Bush os pedidos estão nas alturas. Até contratamos uma agência para fazer propaganda em televisão" - disse.

Como vemos, o capitalismo sempre nos dá prova de que qualquer oportunidade é uma oportunidade.

Veja o original do jornal The Guardian.

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sábado, 20 de dezembro de 2008

VOCÊ COMPRARIA UM CARRO USADO DE BUSH?

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A Secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, disse que somente um idiota confiaria nas promessas da Coréia do Norte em abandonar seus programas nucleares.

Isso me traz à mente que os EUA jamais assinaram qualquer documento nessa linha. Eles têm e mantém seu programa nuclear em plena atividade, mas claro, não querem que mais ninguém faça o mesmo. Não querem concorrência, por óbvio.

Eu digo que se ninguém deveria confiar nos norte-coreanos, também acho que não deveriam confiar nos norte-americanos.

Afinal, convenhamos, quem é mais louco, Kim Il Jong ou George W. Bush? Pelo que sei, Jong não bombardeou nenhum país até agora e nunca roubou nada de outra nação. Também não tem sede imperialista e não invadiu qualquer lugar.

Em resumo, eu não compraria um carro usado de Bush (nem de Jong).

Em tempo, vale lembrar que o único país a lançar mão desses artefatos nucleares foi justamente o do Tio Sam. E DEPOIS de que a Segunda Guerra Mundial havia oficialmente terminado. Ou seja, será que precisava matar tanta gente inocente?

Quem são os loucos e covardes na história?

Veja Condoleeza na Al Jazeera.

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A COVARDIA DO ANALFABETISMO

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"A Bolívia proclamou-se neste sábado (20) como país livre do analfabetismo, após 33 meses de campanha que empregou o método audiovisual cubano Yo sí puedo. Foram 819.417 bolivianos que aprenderam a ler e escrever, em um total de 824.101 analfabetos no país, durante a campanha deflagrada pelo presidente Evo Morales desde o terceiro mês de seu governo." (veja)

Mas no Brasil, com sua liberdade de expressão e extensa democracia, naturalmente há quem critique. Sempre há. Perdem de vista que em 2010 o novo analfabetismo é o digital. E esses bolivianos (assim como muitos brasileiros) estavam duplamente distantes da nova cidadania.

Eu pessoalmente conheço pessoas que se refestelam com a ignorância dos pobres. Assim podem tirar deles toda sua dignidade e promover sua exploração, especialmente em relação aos direitos trabalhistas.

Estão bem representados na política por tucanos e demos. E na mídia por praticamente todos os "grandes" veículos. Notadamente por Kamel, Leitão et caterva.

Tenho comigo que essas são pessoas "menores". São párias, em verdade. Baseiam sua pretensa superioridade nas incapacidades alheias e não aceitam a luta justa e a competição entre iguais. São fracos e covardes. Por isso se aliam às elites retrógradas da política e lhes dão procuração irrevogável para que se esforcem ao máximo em manter o mundo como um lugar definitivamente, marcado pelas exageradas diferenças sociais.

Infelizmente a maioria dessa gente está na classe-média, que não consegue ver um palmo além do nariz.

E que lê (e acredita) a Veja, claro.
Clique aqui para ver que Suplicy novamente virou o bobo da corte. 
Clique aqui para ver Serra e ACM Neto de mãos dadas em Salvador.
Clique aqui para ver algumas diferenças entre a mídia brasileira e a de fora.
Clique aqui para ver o que é falta de criatividade no mercado de livros-denúncia.
Clique aqui para ver quem seria o vice ideal para Dilma: Joaquim Barbosa. E o Brasil no caminho certo. 
Clique aqui para ver que Boris Casoy agiu exatamente como esta moça intrépida.
Clique aqui para ver que Curitiba sediará encontro de FHC com a "elite" mundial.
Clique aqui para ver como pensam nossas elites.
Clique aqui para saber sobre o quase-golpe de estado no Paraguai, inflado por gente como esta moça.
Clique aqui para saber o que pensa o diretor do Jornal Nacional sobre pessoas pobres.
Clique aqui para saber que a revista Veja adora uma sociedade de castas.
Clique aqui para entender a luta do bem contra o mal na blogsfera.
Clique aqui para ler mais notícias.
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FALTOU PAUTA?

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Existe uma máxima na imprensa que versa a respeito da ausência de pauta. Se você não tem sobre o que falar ou escrever, sempre pode inventar uma crise entre os três poderes, uma sondagem de um jogador de futebol por um clube qualquer ou um assassinato não resolvido pela polícia. E se mesmo assim nada surgir, pode sair com a seguinte frase feita: "fulano NEGA não sei o que". Ou seja, se ele está se apressando em negar, é porque tem culpa no cartório.

Mas se você é de esquerda e escreve um blog como esse, sempre tem a alternativa de procurar pauta no sítio de pessoas "inteligentes". Daí é facil. Basta criticar o que esta "sapiência" falou ou fez e pronto, já tem uma pauta.

Por isso sempre recorro ao sábio Olavo de Carvalho. No país da piada pronta (do José Simão) ele é ótimo em abastecer de besteirol os mais abrangentes gostos de escrita.

Hoje eu me permito falar sobre a recorrente ladainha deste homem sobre a nacionalidade do Presidente eleito Barack Obama. Como se isso fizesse alguma diferença no mundo em que vivemos. Ele certamente (ele e mais algumas almas) preferem um legítimo americano a nos esfregar a bota, do que um havaiano, queniano ou sei lá o que.

E mesmo quando seus argumentos não batem, ele não desiste. Vejam este parágrafo de pura enrolação quando ele desdiz o que disse textualmente em data anterior:

"P. S. - Como eu escrevesse aqui que a certification não serve de prova de identidade nem mesmo para se obter uma carteira de motorista, dezenas de almas santas procederam a “verificações objetivas” e anunciaram que sou um mentiroso, que as certifications são aceitas em todos os departamentos de trânsito dos EUA. Há pessoas que, se você não lhes explica tudo tim-tim-por-tim-tim, não perdem a oportunidade de não entender nada e de brandir sua própria inépcia como prova de que esmagaram você num debate. Eu nunca disse que as certifications são rejeitadas: eu disse que, por si, não servem. E não servem porque todos os documentos apresentados para carteira de motorista são obrigatoriamente sujeitos a verificação. Não sendo a certification uma cópia do registro original, e sim um atestado de que o registro existe, só há uma maneira de verificá-la: comparando seus dados com o registro – é este, não a certification, o documento decisivo." (veja aqui)

Então esta é minha dica. Se não tiver nada pra falar, apele pro Olavo. Ele é um manancial inesgotável de tolices para serem criticadas o tempo todo. E com um plus. Ele adora!

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quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

ECONOMIST: BRASIL, LIDERANÇA NAS AMÉRICAS

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Esta reportagem saiu no Economist. Dela trago dois parágrafos que me chamaram a atenção sobre o papel do Brasil no cenário mundial. A tradução é livre:

"O simbolismo foi claro. Com os Estados Unidos no final de uma presidência desastrada, o Brasil reuniu 33 países de todas as Américas para discutir a desaceleração econômica. O encontro de dois dias em um resort perto da cidade nordestina de Salvador, marcou a primeira vez em que todos os países da América Latina e do Caribe se reúnem sem a presença dos Estados Unidos ou da Europa. A mensagem: é o Brasil com sua economia crescente e um presidente popular, e não os Estados Unidos que está agora liderando o poder na região."

(...)

"Foi notável a presença do cubano Raúl Castro, fazendo sua primeira viagem internacional como líder da ilha comunista. Isso estimulou a retórica usual anti-americana de alguns líderes, mas também, como de costume, a mensagem do Brasil foi mais sutil "Nós queremos ter uma boa relação com os Estados Unidos, Mas nós... não precisamos de tutela externa" disse Celso Amorim, Ministro das Relações Exteriores."

De resto o artigo tenta demonstrar que apesar da aparente boa relação entre todos, ser líder não é fácil e causa muito desconforto entre todos, mas que de toda forma, esta é a vez do Brasil de brincar de gente grande.

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A HISTÓRIA É CONTADA PELO VENCEDOR

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Do jornal The Independent:

"Côrte das Nações Unidas condena coronel que disse que estava "preparando o Apocalipse" que matou 800 mil pessoas em Ruanda.

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A foto acima mostra uma igreja repleta de crânios humanos na cidade de Ntarama.

A notícia também nomeia como "monstros de Ruanda" o ex-Primeiro Ministro Jean Kambanda e um ex-prefeito, Jean-Paul Akayesu, entre outros.

Afora o aspecto absurdamente surrealista do ocorrido, me vem à mente que de fato, a história é contada pelos vencedores. O que não é o caso desses senhores enumerados.

Me consta que mais de um milhão de pessoas já morreram no Iraque desde 2002.

Não ouvi dizer que "certas" pessoas irão sequer, à uma côrte estadual responder por uma multa de trânsito.

Algumas vezes pensamos que a barbárie está longe, lá no "outro mundo". Algumas vezes pensamos também que nós, enquanto seres humanos, evoluímos.

Honestamente, nada pode estar mais longe da verdade do que isso.

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E ENTÃO, OBAMA?

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Charge de Duke, para O Tempo.

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POLÍTICA: É MAIS COMPLEXO DO QUE VOCÊ IMAGINA

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Vejo muita gente nas ruas imaginando que a aprovação do Presidente Lula garante o passaporte para a eliminação permanente da direita no Brasil. Desta direita que nos levou da oitava para a décima-quinta economia do mundo, que jogou nossos indicadores sociais no lixo, que enterrou a saúde e a educação públicas para privilegiar os amigos do rei com seus cartéis bilionários que perfazem boa parte das cadeiras do Congresso Nacional.

Para essa gente que acha que por causa da aprovação de Lula podemos ficar tranquilos, que ele fará seu sucessor, é bom ficar atento pois nossa "grande" imprensa age sempre na surdina. Se passando por isenta, aquela que apenas mostra os fatos.

Quantas vezes eu ouvi pessoas dizendo (e realmente acreditando nisso) que a Globo estava do lado do Lula pois não "impediu" que ele ganhasse as eleições?

Ora, não se deixem levar por esse discurso. Nossa mídia é extremamente editorializada, não existe espaço para isenção, para a notícia pura e simples. Ela é prostituta, manipula inclusive dados sobre a criminalidade para derrubar um governador e eleger outro. Ela não assume sua cara.

E sim, é mais do que absolutamente verdadeira a tese de Eduardo Guimarães que esta quadrilha da qual faz parte a direita racista brasileira, levaria o Brasil ao caos para estar de volta ao poder. Ou por acaso o Brasil não estava no caos em seu governo? Como era nossa economia, nossa indústria?

Como era nossa educação? Como eram os financiamentos para casa própria? E os subsídios escolares para a baixa renda? Para quem não se lembra, eram quase inexistentes. O financiamento imobiliário estava disponível para uma classe com renda maior, o pobre não se enquadrava naquela faixa de ganhos. Os financiamentos estudantís existiam de maneira tão tímida que fazia com que o desvalido oriundo da escola pública simplesmente não pudesse jamais estudar em uma universidade por não ter um salário compatível com os requisitos creditícios. Ou seja, tendo nascido miserável, ele morreria também miserável pois jamais teria a chance de sequer pisar verdadeiramente de graça numa universidade brasileira. Exceto se fosse para limpar seus banheiros.

Hoje, os incautos acreditam que isso se trata por esmola. Dizem isso claro, por não entenderem de economia. Não entenderem que foi esta mesma "esmola" que tirou os Estados Unidos da Grande Depressão em 1930. Que livrou a Europa e o Japão do pós-guerra da completa falência.

O que nem sempre nos damos conta, é que esse tipo de governo exclusivista que tivemos por tantos séculos sempre acalentou um projeto de poder muito específico, que só dava guarida aos que faziam parte do círculo. Exatamente como fez Bush nos últimos 8 anos; que quebrou toda uma nação, inclusive boas e fortes indústrias, para privilegiar apenas aquelas de seu interesse.

Se vocês têm interesse em morar em um país que não seja (de novo) motivo de piada internacional, prestem atenção às manobras desta direita violenta.

Ela é sagaz.

Política é bem mais complexa do que a gente pode imaginar.

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quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

QUE BELO CHAPÉU SR. REINALDO!

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Uma velha senhora me dizia quando eu era moleque, que a coisa mais traiçoeira que podemos encontrar na vida é o espelho. Ele pode te pregar peças.

Naturalmente o vilão não é o dito, mas sim, o seu ego. O que você tem na cabeça. Caso se considere o supra-sumo você só verá coisas lindas no espelho. Caso seja inseguro, só verá coisas ruins.

Daí me ocorre a pergunta. O que será que este senhor de chapéu vê, ao se olhar no espelho? O que o leva (senão a suprema segurança de ser tido como sapiente) a sentar na cadeira do Roda Viva com um chapelão encravado na cabeça?
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Encontrei na Wikipédia a resposta para minha pergunta.

"Em Metamorfoses, Ovídeo conta a história de uma ninfa bela e graciosa chamada Eco que amava Narciso em vão. A beleza de Narciso era tão íncomparavel que ele pensava que era semelhante a um deus, comparável à beleza de Dionísio e Apolo. Como resultado disso, Narciso rejeitou a afeição de Eco até que esta, desesperada, definhou, deixando apenas um sussurro débil e melancólico. Para dar uma lição ao rapaz frívolo, a deusa Némesis condenou Narciso a apaixonar-se pelo seu próprio reflexo na lagoa de Eco. Encantado pela sua própria beleza, Narciso deitou-se no banco do rio e definhou, olhando-se na água e se embelezando. As ninfas construíram-lhe uma pira, mas quando foram buscar o corpo, apenas encontraram uma flor no seu lugar: o narciso."

Estes senhores da "grande" mídia são maravilhosos. Eles "se bastam".

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A LATINIDADE DE BORIS CASOY

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Boris Casoy, o que acha que certas coisas são "uma vergonha", não me surpreende mais. Esta tarde ele falou que a "latinidad" é uma bobagem. Criticou abertamente e chamou de besteira o sentimento de gosto que muitos latinoamericanos têm entre sí.

Para ancorar seu argumento, mostrou fatos de que, o Perú odeia o Equador, a Argentina briga com o Uruguay por causa das papeleras, a Bolívia reivindica um pedaço do Chile, e por aí vai.

Pois é. Mas eu nunca ouví dizer que ele tenha criticado ou que achasse bobagem a União Européia mesmo sabendo que lá todos se odeiam. Aliás, muito mais do que aqui. Duas guerras mundiais nasceram das brigas européias. Não me lembro de nenhuma grande guerra nascida por causa das pequenas rixas sulamericanas.

Mas vindo de Boris, como eu já disse, não me surpreendo. É típico dele.

Sinceramente não sei porque todos eles, o Boris, a Mírian, o Renato Machado, o Boechat(o) e mais um monte de gente "letrada" não se muda do Brasil.

Tenho plena certeza que não perderíamos muita coisa. Afinal, eles nunca têm opiniões construtivas sobre nada. É só desancando nosso país, nossa região, nossos costumes. É como se nada prestasse pra eles aqui, mas o mundo que desaba lá fora sempre tivesse cheiro de rosas e fosse lindo e maravilhoso. Afinal, "civilizados" são eles de lá!

Ou será que não se mudam porque sabem, porque aliás, têm certeza de que lá fora serão apenas uns latinos de nada, uns "cucarachas" de mierda?

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terça-feira, 16 de dezembro de 2008

BUSH ABANDONA O ALMOÇO GRÁTIS

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O jornal argentino Los Andes de Mendoza traz a seguinte manchete: "Bush reconhece: ´Abandonei a economia de mercado´"

Disse que ficou desolado por fazê-lo mas explicou que assim agiu para que a economia não se desfizesse.

Ué, então me pergunto se esse sistema era tão bom assim, pois, se numa crise ele se desfacela e você tem que optar urgentemente pelo plano B (aquele que não te deixa na mão), existe algo muito errado na lógica financeira do mundo.

Você compra um carro maravilhoso, entulhado de tecnologia mas desafortunadamente descobre no meio da tempestade que quando molha, ele pifa, e te larga a pé.

Talvez seja por isso que os japoneses fazem carros duráveis, mas sem frescura. Uma hora ou outra essas bugigangas vão te decepcionar.

Ora, um estudante de segundo grau que já tenha brincado com o Banco Imobiliário (monopoly) e que tenha prestado atenção aos acontecimentos econômicos do mundo, já se deu conta que em verdade, o sistema de livre mercado a qualquer custo, não passa de uma pegadinha. Não é nada mais do que uma brincadeira desenhada para enriquecer alguns até o limite não importando as consequências.

É quase uma pirâmide. O primeiro a embarcar fica milionário. O último precisa chamar a polícia.

E não, eu não estou dizendo aqui que o capitalismo é de todo ruim. Mas o que esses senhores desenvolveram não foi capitalismo. Nada tinha a ver com o descrito por Adam Smith, nem por Keynes. Foi um sistema sem nenhuma regulamentação onde de propósito, os governos se ausentavam para permitir que nesse ínterim, os amigos do rei enchessem as burras de dinheiro.

Foi verdadeiramente a autorização legal para conglomerados financeiros assaltarem o cidadão comum.

Isso deveria servir de lição. Dá próxima vez em que te disserem que existe um mundo de lucros e mercadorias fantásticas lá fora e que o preço por isso tudo é muito baixo, quase de banana, duvide. Como bem disse Milton Friedman, "esse negócio de almoço grátis, não existe". Alguém sempre vai te cobrar, de alguma forma.

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O BRASIL COMO ARTICULADOR EM SAUÍPE

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No sítio do jornal global El País tem uma reportagem falando sobre o encontro em Sauípe. O que me chama a atenção é o último parágrafo. Ele diz assim:

"Aun así, y por el mero hecho de ser capaz de convocarlas, las cumbres de Sauípe pueden servir para demostrar la enorme capacidad de Brasil y de Lula en el nuevo panorama político global."

Notadamente, "a enorme capacidade do Brasil e de Lula em um novo panorama político global."

Ao contrário do que nossos jornais e nossas "Mirians" adoram dizer, a política externa do chanceler Celso Amorim não é "inexistente" ou ruim. Não. Ela é muito boa, por sinal.

É uma pena que tudo o que venha deste governo seja desqualificado por nossa "grande" imprensa. É um demonstração absurda de infantilismo como aquelas crianças que no futebol, ao começarem a peder, resolvem cancelar o jogo e levar a bola pra casa.

E quando não podem fugir do reconhecimento de que alguma coisa dá certo, precisam fazer uma ressalva. Daí colocam "especialistas" numa sala sóbria, com fundo escuro ou uma estante repleta de livros (passando a falsa impressão que de fato, eles lêem tudo aquilo) para dizerem, como cara de funeral que "não é bem assim, o governo está apenas te enganando".

Isso não é muito chato?

Convocam uma trupe de difamadores para espalhar e-mails absurdamente mal escritos e mal intencionados, para aparecerem nos programas de televisão ripando todo tipo de esquerda, analisando a economia nos jornais dizendo (e esperando) que o Brasil vai afundar, com um único e exclusivo intuito: preparar o país para receber de braços abertos o presidente José Serra, em 2010. Os Giannettis que estão aí, não me deixam mentir.

Afinal, ninguém é de ferro, né? A direita já terá passado 8 anos fora do poder. Tá na hora de fazer com que voltem...

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A TV CULTURA E A SUÁSTICA

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Essas palavras a seguir não são do ombudsman da TV Cultura, o jornalista Ernesto Rodrigues (são de um telespectador), mas ele disse textualmente que elas sintetizam não somente sua intenção, mas seu dever na qualidade do cargo que ocupa. Vejamos:

“Estou escrevendo porque me senti obrigado a "reforçar" um movimento de contra-patrulha. Meio estranho, sei, este termo, mas a idéia é simples: algumas pessoas têm usado este tipo de contato direto (uma espécie de democracia participativa) para defender causas, para patrulhar idéias, para pautar os meios de comunicação e, tenho certeza, não é diferente com a Cultura. O universo abrangido pela Cultura é de milhões de pessoas, mas poucas são as que, como eu agora, se manifestam sobre o conteúdo exibido. Isso permite que poucas pessoas, mal intencionadas e com bastante tempo livre se transvistam de "massa", se organizem e aparentem falar por toda a sociedade. Isso é abominável e peço (encarecidamente!) que não permita que a Cultura seja pautada por guerrinhas ideológicas, nem causas, nem nada parecido. A Cultura é um dos maiores patrimônios de São Paulo (e também do Brasil). Eu, paulista que sou, tenho imenso orgulho pela Cultura e pela excelência e "produtividade" de sua programação. A Cultura melhora a vida das pessoas e espero que continue assim, sem se deixar encabrestar por "politicamente corretos", "tiranias das maiorias", ou "minorias barulhentas". Que a Cultura seja sempre respeitosa, plural e eficiente. Obrigado”

Bem, eu quero crer que nem todos os paulistas sejam alienados como estes dois senhores. Nem que tenham esse gosto indisfarçado pela ausência de democracia.

Ele não quer que a Cultura seja pautada por ideologia nem causas.

Eu achava que um dos deveres de uma TV pública era ser a voz do povo. Era fazer valer para toda a coletividade, e não somente para o grupo de apadrinhados do governador, o significado da democracia, onde todos têm o direito de se manifestar. Ele não quer se deixar encabrestar pelas tiranias das maiorias. Talvez isso lhe remete à ditadura do proletariado, esse termo mitificado de Karl Marx que povoa e aterroriza os pensamentos da elite paulistana. Tirania da maioria não significa voz da maioria? Voz da maioria não significa democracia?

E as minorias barulhentas? Elas também são um problema? Ora, o que querem estes senhores, que ninguém se manifeste, absolutamente? A maioria não pode se movimentar porque é tirana. A minoria porque é estridente.

Alguém que não seja do grupelho ensandecido pode dizer alguma coisa na televisão comandada por José Serra?

Eu sim, acho que isso é perigoso. Perigoso é você ter na mídia gente que prefere não ser atazanada pela opinião daqueles de cujos bolsos, sai inclusive, parte do dinheiro que ajuda a manutenção do canal de televisão. Ou alguém imagina que ela sobreviva sem verbas de anunciantes governamentais? Ou alguém imagina que ALGUMA televisão se mantenha sem elas?

Penso mesmo é que temos que tomar cuidado. A tentação do príncipe é manter à força a subserviência do súdito. Quando isso acontece, como acontecido tem na "grande" imprensa brasileira, podemos esperar o pior.

Não se iluda achando que a democracia e a liberdade são bens inexpropriáveis. Não pense você que ela não acaba nunca.

Basta aparecer alguém com a coragem e o pouco zelo pelo cheiro do povo, que logo estaremos vendo o sol nascer quadrado como fizemos por 21 anos.

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segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

"SÍFU"? QUEM?

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Penso que quando falou "sífu" Lula tinha em mente outras pessoas. Talvez seus adversários políticos. Na última pesquisa CNT/Sensus ele aparece com aprovação maior do que a de José Sarney no topo do plano cruzado em 1986. Nem FHC na crista da onda do Real em 1994 conseguiu tais números.

E Lula não lançou plano algum. Nenhuma mágica que depois desabaria sobre nossas cabeças.

Seis por cento consideram o governo ruim. Particularmente estou achando que todos esses 6% estão divididos entre Curitiba e São Paulo. Na classe-média mal informada, claro. Informada pela Veja, pela Globo, pela Folha e pelo Estadão.

Parece que em verdade, não fazem eco as tagarelices dos comentaristas da "grande" mídia tentando desqualificar o Presidente por qualquer coisa que elepossa fazer.

E fico pensando se é coincidência o descrédito que a grande parcela da população tem em relação a esses veículos de comunicação versus sua estrondosa queda nas vendas, seja em bancas, seja nas assinaturas ou na sintonia televisiva.

Hoje ouvi na BandNews Salomão Schwartzman tentando enquadrar Lula por causa de seu palavreado fácil, folclórico e divertido. Notei que o colunista foi cauteloso. Afinal, se 84% das pessoas aprovam o jeito do Presidente governar, a possibilidade de muitos desses 84% estarem ouvindo o rádio, é imensa. Aliás, a probabilidade de quem o apóia estar ouvindo é muito maior do que aqueles que dele não gostam. Afinal, esses são só 6%.

A imprensa aos poucos vai se rendendo. Vai fazendo como fez a dupla PFL/PSDB nas últimas eleições em São Paulo. Vai apelando: "Falar mal do Lula não dá, mas do PT...."

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domingo, 14 de dezembro de 2008

"SHIT PEOPLE"

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Eu me divirto com a hipocrisia da imprensa brasileira. Lula não falou palavra chula, nem excedeu a liturgia do cargo. Ele disse "sífu" justamente prá não dizer o palavrão.

Está comprovado. "Sifu" não é palavrão, do mesmo jeito que "ôrra" não é porra, "bráulio" não é pinto e "caraca" não é você sabe o quê.

Aliás, "caraca" nasceu e cresceu dentro de uma novela da Globo. Na época o Willian Bonner não ficou horrorizado e não fez cara de nojo e desaprovação em coro com nossa pseudo-elite. Inclusive, todo mundo achou boa a nova palavra como sendo a alternativa disponível para substituir um dos palavrões mais usados pelos homens brasileiros.

Além do mais, Lula é assim. Pelo menos ele não tem arrombos de racismo como alguém que já governou esse país, que disse que "tinha o pé na cozinha" e que também chamou textualmente, sem meias palavras, os aposentados de vagabundos.

Lula até poderia não ter falado isso, poderia passar sem essa, mas a imprensa não perdoou. Não quis saber se o contexto permitia a frase. Era uma ocasião informal e todo mundo viu isso. Ou o Abilio Diniz não fala palavrão? O Antonio Hermírio só usa black-tie todo dia? Por acaso o Bush não mostrou o dedo para as câmeras e todo mundo percebeu que era brincadeira (vá lá... Bush não é parâmetro)?

Mas é porque é o Lula.

Contudo, pouco importa. Ele passou a mensagem e quem devia entender, entendeu. Mais uma vez ficou claro na própria imprensa que se trata de um bando de hipócritas. E hipócritas burros, pois definitivamente não fazem questão de entender a lógica do "zé-povinho"; eles falam somente para seus iguais e acham que assim tá bom.

E não estou dizendo aqui que a imprensa não devesse mostrar. Devia sim, foi algo pitoresco. Mas ficar com essa pose de ui-ui-ui da elite meia-roda do Higienópolis é uma coisa tão insossa. Típico da Regina Duarte, que "tinha medo". Típico da Globo, que tem boa parte de seu elenco internada por consumo de álcool ou de drogas, que tem o Faustão na tarde de domingo mostrando gente pelada, que eleva a exposição de baixarias na novela das 9 na exata proporção em que a audiência despenca.

E pior, que tem o Big Brother se encarregando de não deixar pedra sobre pedra no quesito moralidade da família brasileira! Fala sério, meu...

Esse povo é muito "cocôzinho" pro meu gosto.

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O SAPATO EM BUSH

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Fico pensando sobre o que vai acontecer com o coitado do iraquiano que atirou o sapato em Bush.

No Iraque, solas de sapato são uma ofensa porque obviamente, estar embaixo delas significa que você é inferior.

O pior é que o sacana do Bush tem bons reflexos e conseguiu se safar, e ainda disse que notou que o sapato era tamanho 42. Infelizmente não dá pra dizer que ele seja mal-humorado. É um assassino "espirituoso", eu diria




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GILMAR MENDES NO RODA VIVA

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Só pra constar, já que francamente acho que a maioria de vocês têm coisa melhor para fazer na noite de segunda-feira, dia 15. O programa Roda Viva da TV Cultura entrevistará Gilmar Mendes.

Para sabatiná-lo, uma trupe de jornalistas do mais alto grau foi escolhida. Todos absolutamente isentos e alguns inclusive, representantes da esquerda mais aguerrida do Brasil.

Dê uma olhada na lista da inquisição, disponível no próprio site do programa:

- Márcio Chaer, editor do site Consultor Jurídico (conhecido defensor do Magistrado e diretor deste veículo ligado ao jornal Estado de S. Paulo)

- Reinaldo Azevedo, articulista da revista Veja e do Blog Reinaldo Azevedo (sobre ele seria desperdício pressionar as teclas do meu computador para escrever alguma coisa);

- Eliane Cantanhêde, colunista do jornal Folha de S. Paulo (de quem o marido faz as campanhas de José Serra);

- Carlos Marchi, repórter e analista de política do jornal O Estado de S. Paulo (autor da seguinte frase: "Essas constatações (a baixa escolaridade do brasileiro) explicam, por exemplo, por que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi reeleito, apesar de fustigado por escândalos no ano da eleição".

Baseado nestes senhores de currículo expressivo e seus veículos absolutamente isentos eu sugiro o seguinte: Nem chegue perto deste canal segunda-feira. Se você tem QI maior que zero, certamente passará raiva e se sentirá isultado. Assista o CQC na Bandeirantes ou vá dormir cedo porque você sabe que na terça é dia de labuta igual aos outros e alguém tem que trabalhar, neste país.

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sábado, 13 de dezembro de 2008

STALIN VISTO PELOS RUSSOS

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Me deparei com um artigo que achei interessante no sítio da Al Jazeera. Ele fala sobre uma pesquisa russa sobre as figuras mais importantes de sua história. Em tradução livre, diz o seguinte:

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Um dos mais populares programas de televisão da Rússia perguntou quais seriam as figuras mais celebradas da história.

Com centenas de milhares de votos por e-mail, sms e telefone, Alexander Nevsky, um nome pouco conhecido por estrangeiros, emergiu em primeiro lugar até agora.

Nevsky foi um herói russo venerado como um santo.

Em segundo lugar, talvez o considerado favorito, veio Pedro O Grande. Contudo em terceiro lugar uma figura histórica que pode surpreender muitos fora da Rússia: Joseph Stalin.

Ele foi quem presidiu o assassínio de milhões de compatriotas, que enviou aos campos de trabalho forçado muitos para a correção de comportamento ou porque simplesmente, o desagradaram.

Ele dividiu familias e vidas e ainda é considerado por muitos na Rússia como um herói. Ele assegurou a vitória russa na Segunda Guerra, um momento definitivo na psiqué russa.

Ele transformou um país então rural, quase de substistência, em um gigante industrial com poder mundial.

Ele também influenciou o mundo como a figura dominante na Rússia por 31 anos.

A pesquisa termina em 28 de dezembro.

Alexander Lyubimov, o homem por trás do programa de televisão, há mais de 20 anos como âncora, acredita que o apoio a Stalin provém de uma campanha anti-establishment lançada por muitos jovens conectados à internet.

De toda forma ele aceita que muitos ao redor do país ainda reverenciam o ex-ditador.

Isso surpreende Masha Lipman da Promoção Internacional da Paz de Carnegie. Ela acredita que sua carreira como academica liberal (no sentido americano da palavra) a teria feito um alvo da política de Stalin.

"O que você vê com essa pesquisa é que os assassínios foram quase esquecidos. É como se não tivessem existido, não houvesse desaparecimentos ou campos de trabalho forçado", ela diz.

"As pessoas vêem apenas o herói de guerra, o reformador e esta é a versão que está começando a pipocar nos livros de história agora."

Al Jazeera perguntou aos russos nas ruas de Moscou o que eles pensam da lista de figuras históricas. Um homem disse. "Eu votaria por Pedro O Grande, Eu nunca poderia apoiar Stalin. Ele era mal".

Porém, uma jovem esperta é mais ponderada; ela diz que também acredita que Pedro O Grande irá vencer mas ela diz: "A Rússia precisa de alguém como o que Stalin foi em seu tempo, alguém que levasse o país para frente. Se não tivesse sido ele a promover aquelas coisas horríveis, outro teria feito".

É difícil encontrar estátuas de Stalin em qualquer parte da Rússia, atualmente. Contudo, em um canto de um quieto parque, está um cemitério das estátuas.

As estátuas que não são mais desejadas nas praças e nas ruas são levadas para lá.

Bem atrás está Joseph Stalin. Existem dois bustos dele; um é alto e imponente mas teve o nariz violentamente arrancado enquanto a outra, feita de mármore branco, parece ter sofrido pela exposição ao clima, parecendo agora abatida.

Stalin pode ter sido largado para trás e quase esquecido, mas esta pesquisa mostra que muitos acreditam que ele seja um verdadeiro herói russo.

Leia aqui no original.

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Eu acrescentaria que para ilustrar nossas mentes e ter uma visão alternativa sobre essa figura polêmica, seria bom dar uma lida no livro Stalin, Um Novo Olhar, de Ludo Martens (leia aqui o prefácio). O livro é parcial, não se nega, mas traz incontestáveis documentos históricos que desfazem boa parte daquilo atribuido ao antigo líder soviético.

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O JAPÃO FINALMENTE SE DESCOLA DOS EUA

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Finalmente se deram conta os dirigentes japoneses do que o mundo todo já se apercebeu (menos os britânicos, que estão ligados umbilicalmente à América). Estar conectado custe o que custar com os Estados Unidos pode não ser tão vantajoso assim.

Por causa dessa percepção, atenderam o chamado da China e da Coréia do Sul para formarem um bloco diferenciado para o enfrentamento da gangrena monetária global.

Até não digo que seja tarde demais porque para isso, nunca é sem tempo. A América sugou o quanto quis as reservas e as economias dos japoneses, e os enfiaram numa estagnação mercantil que vem desde o início dos anos 80. Vamos esperar que agora comecem a fazer as contas mais óbvias do mundo: 2+2=4 (traduzindo. O que é bom para os EUA nem sempre é bom pra mim)

Leia a notícia no Vermelho.

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O CACHORRO QUENTE E A CRISE

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Existe um texto circulando na internet que é muito conveniente dar uma boa lida. Vejamos:

"Um homem vivia à beira de uma estrada e vendia cachorro quente. Não tinha acesso à midia mas se preocupada em oferecer o melhor produto, o melhor atendimento e preços nem caros, nem baratos. Havia filas para comprar seu cachorro quente.

Com sua renda esse senhor criou o filho e o mandou para a faculdade. Lé, este jovem que muito estudou ouviu muito falar da crise pela qual passava seu país. Formado, retornou à casa e advertiu seu pai sobre o que "de verdade" acontecia.

O pai, após ouvir as considerações do filho Doutor, pensou o óbvio: Se meu filho que estudou Economia acha isso, só pode estar com a razão!

Com medo da crise, o pai procurou um fornecedor de pão mais barato (e pior), também começou a comprar salsichas mais baratas ( igualmente ruins). Para economizar, parou de fazer cartazes de propaganda na estrada. Abatido pela noticia da crise já não oferecia o seu produto em voz alta.

Tomadas todas as "providências", as vendas que antes geravam renda até para mandar o filho para a melhor universidade paga do país, começaram a minguar. Minguaram tanto que o negócio fechou.

O pai, triste, disse a seu filho: - "Você estava certo, nós estamos no meio de uma grande crise".

E comentou com os amigos, orgulhoso:
"Bendita a hora em que eu fiz meu filho estudar economia, ele me avisou da crise"

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Corretíssimo o texto.

Temos que nos lembrar que no capitalismo, a maior crise é a falta de consumo. Existem algumas corporações que se utilizam da "crise" como desculpa para as demissões que antes pegariam mal ou pelas quais seriam repreendidos pela opinião pública. Tem muita gente que lucra com a crise. Setores poderosos e cartelistas podem reajustar preços por causa da "crise", podem chantagear o fisco e a legislação trabalhista por causa dela.

Mas o peixe morre sempre pela boca. E foi exatamente o que aconteceu nos EUA e que não podemos deixar acontecer no Brasil. Tantas corporações mandaram suas fábricas para a Ásia (para pagarem menores salários), que gerou desemprego dentro de suas fronteiras. Daí, demitiam por um "desaquecimento" da economia que "acontecia" dentro de casa. Usavam a crise para diminuir salários, chantagear o fisco e os setores trabalhistas. Queriam desregulamentar tudo inclusive e principalmente o mercado financeiro. Conseguiram. Acharam um governo conivente que por motivosde lucros pessoais, cortou TODA a fiscalização em relação às hipotecas que íam sendo vendidas e revendidas ad eternum.

Chegou um dia que alguém quis cobrar a conta daquela primeira hipoteca. Daí descobriram que o cara que a originou tinha perdido o emprego por causa da "crise" e do "desaquecimento". E que obviamente, esse alguém não poderia mais pagá-la, nem o financiamento do carro nem absolutamente mais nada.

Estava cozido o mingau que a "crise" ajudou a produzir e que os grandes tanto queriam para poder diminuir salários, cortar empregos e reajustar preços.

A economia (seja ela capitalista, comunista ou da Terceira Via) vive essencialmente de duas coisas: emprego e crédito. Sem isso, o mundo como nós o conhecemos simplesmente pára.

Desligue o Bom Dia Brasil, os "jornalões" e as "revistonas". Esse é o melhor investimento e o melhor corte de gastos que você pode fazer contra a "crise" que se aproxima. Caso a maioria não tenha notado, eles têm ótimos motivos para trazerem a crise lá de fora para o nosso País.

Leia mais notícias sem o filtro da "grande imprensa" clicando aqui

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MINO E OS 40 ANOS DO AI5

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Mino Carta é muito bacana. Gostaria muito de conhecê-lo pessoalmente. Quero crer que seja um daqueles senhores com quem se poderia sentar na varanda de casa para que ele lhe contasse sua visão do mundo, das coisas que passou.

No meu modo de ver, é um exemplo de pessoa que usou o tempo para aprender e evoluir. Por mais que eu não o conheça de perto, a partir de seus textos que acompanho já desde moleque, pude ir moldando uma expectativa de caráter.

Vejamos que o que se escreve é uma das formas de transparecer seu caráter. Mino poderia ser um senhor raivoso, inconformado, Uma daquelas gentes que, quando se está no mesmo ambiente que elas, sentimos o teto baixar. Ele poderia ser "filósofo" (com aspas, mesmo) arrotando uma pseudo-sapiência, dizendo que só ele sabe das coisas e todos os outros nada são além de ignorantes, ou poderia ser âncora de programa jornalístico dizendo que "isso é uma vergonha", mas em verdade, não esquecer seu horror indisfarçado pela democracia (ou no mínimo, a democracia que beneficie o povo e não somente a meia dúzia de bem nascidos do Higienópolis). Dizem que a aura que cada um traz é que nos denuncia. Mino poderia ser vassalo, mas não é. Fico feliz em imaginar que existam muitas pessoas como ele no mundo.

Bem, fiz essa pequena introdução para trazer um texto dele publicado na Carta Capital em razão dos 40 anos do AI5. Vá até o sítio da revista e dê uma olhada.

Depois disso, se você tiver paciência e estômago, leia o que o sr. Reinaldo Azevedo escreveu sobre o AI 5. Ele consegue colocar a culpa do golpe em Jango e nas pessoas que acreditam no pensamento de esquerda. No âmbito criminal, é como colocar a culpa do estupro, na mulher que andou com a mini-saia.

É por causa desses "pseudos-intelectuais" (entre os quais Azevedo consegue se destacar pela inacreditável estupidez, mas é seguido de perto por Diogo Mainardi - coincidentemente ambos pagos pelo mesmo patrão) que ressalto o caráter de Mino e de todos os que não se vendem por trinta dinheiros.

ps. Aliás, também não deve ser o caso destes senhores de Veja. Eles certamente se vendem por menos que isso.

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OS GAROTINHOS AMERICANOS

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Esta notícia é mais uma da série "óbvio que não vai dar em nada", mas claro, sou brasileiro e não desisto nunca. Minha esperança morre depois de mim.

"A 6ª Vara de Fazenda Pública determinou a indisponibilidade de bens dos ex-governadores Rosinha Matheus, Anthony Garotinho e de outras 26 pessoas. Eles são acusados de desviar recursos do Fundo Estadual de Saúde por meio da Fundação Escola de Serviço Público do Estado do Rio de Janeiro (Fesp), empresas e organizações não-governamentais." (leia no Terra)

Mas tem um consolo, não estamos sós.

Quando eu era moleque, crescí ouvindo que o Brasil era um país de bananas e os EUA eram tudo de bom. Contudo, aos 13 anos de idade soube de um tal "Irã-Contras", aquele caso emblemático da venda ilegal de armas dos Estados Unidos ao Irã (apesar de apoiarem oficialmente Saddan Hussein na guerra Irã x Iraque) e com a grana, ajudarem os Contras na Nicarágua a derrubar o presidente democraticamente eleito, o sandinista Daniel Ortega.

Procurei mais informações em pouco tempo me contaram que por muito menos, um outro presidente americano tinha caído (Nixon), mas que nestes "novos tempos" que se aproximavam (a metade posterior dos anos 80), nenhum mandatário estadunidense seria deposto novamente por tramóias desta natureza.

Era um fato concreto. Os EUA continuariam fazendo o que quisessem e nada lhes aconteceria. Especificamente, nenhum político seria punido. E não faltaram deputados e senadores daquele país envolvidos em escândalos.

Ou seja, tanto lá como cá. Não somos só nós que levamos este péssimo costume.

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sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

OUTRA DE ÁLVARO URIBE

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Esta notícia é interessante:

"(Álvaro Uribe, o presidente da Colômbia), em uma nova tentativa de incentivar as deserções de guerrilheiros com pessoas seqüestradas, se comprometeu a pagar recompensas e a providenciar a liberdade dos rebeldes que atendam ao seu chamado, embora tenham cometido estes crimes. Em alguns casos, por exemplo, o desertor poderá ganhar nacionalidade de outro país para deixar a Colômbia. (leia aqui na Gazeta do Povo)"

Bem, para quem já deu uma olhada na história desse senhor e de seu passado de narcotraficante, pode perfeitamente se perguntar se alguns dos guerrilheiros agora beneficiados com a liberdade e com dinheiro, não poderiam ter sido quem sabe, seus colegas no tempo em que competia pelo controle da droga com Pablo Escobar (leia aqui para saber mais).

Viva o tanto que quiser, não verá gente cara-de-pau o suficiente.

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FIESP E CNI: ALGUÉM ESTÁ MENTINDO

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Hoje ouví no rádio que o presidente da Fiesp e o da CNI afinaram o discurso. Ambos disseram que os juros altos eram pra outra conjuntura. Que eram pra uma época onde havia muita procura e oferta insuficiente. Isso serviria pra acalmar a inflação. Nisso, se referiram claramente ao período de dois meses atrás.

Disso posso extrair que eles achavam que a política de contenção da inflação estava correta, que ela era efetiva e funcional, já que afirmaram claramente que esta época de alta procura, já não existe mais, mas antes existiu.

Bem, então eu me pergunto, por qual razão eles buzinam há 6 anos na mídia onipresente que os juros altos são um absurdo, que isso desestimula a indústria e gera desemprego?

Significa que agora eles reconhecem que antes só não reajustaram descaradamente os preços por causa do empecilho dos juros?

Particularmente eu não concordo com juros altos, mas conhecendo alguns de nossos empresários, dá pra supor a razão.

Ora, eu ainda estou tentando entender por qual motivo, que não seja a pura especulação, bens duráveis como automóveis de motor 1.0 simplesmente dobraram de preço no período de 5 anos. Isso mesmo, dobraram.

Novamente cai a máscara dessa gente. Quem tem mais de 30 anos se lembra com qual facilidade certos setores da economia faziam a "festa" na época de inflação galopante.

Agora, posam de santos.

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quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

"A ELEIÇÃO MAIS IMPORTANTE DE 2002?"

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Vasculhando uns arquivos de jornal, me deparo com um bom artigo publicado no The Nation em 18 de julho de 2002, com o mesmo título que coloquei acima. O autor é Steve Cobble e ele fala das eleições no Brasil, que estavam por vir. Faz um ótimo raio-x de nosso país, até então, extremamente enraizado da influência de Wall Street. Me permito traduzir livremente alguns trechos que achei muito interessantes (leia aqui o original).

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"O candidato que está na dianteira é "Lula", Luiz Inacio Lula da Silva, líder do Partido dos Trabalhadores e ex-líder do sindicato dos metalúrgicos. Lula já concorreu para presidente três vezes antes, e já até esteve na dianteira das pesquisas anteriormente, mas em cada uma das vezes, foi derrotado pelo dinheiro da oposição, ataques pessoais, táticas de amedrontamento e chantagem aberta dos bancos internacionais, que diziam ao Brasil, se você eleger Lula, nós cortaremos seus empréstimos, rebaixaremos suas análises e jogaremos sua economia no caos (Veja o Chile de 1971 a 1973 para maiores detalhes)"

" Wall Street de fato rebaixou os índices, mas o problema para os bancos internacionais é que o Brasil já está em crise, e o Partido dos Trabalhadores não pode ser culpado disso" (referindo-se ao fato óbvio de que a crise era ocasionada pela política imbecil de FHC).

" Um segundo problema para Wall Street (um pequeno inconveniente, em se considerando Wall Street) é que é ilegal para os candidatos brasileiros aceitarem dinheiro americano para suas campanhas. O acordo da livre iniciativa de comprar as eleições este ano será um pouco mais difícil, e irá necessitar de intervenções um pouco mais criativas."

"Wall Street sem dúvida continuará usando seus mecanismos financeiros em favor dos oponentes de Lula, tentado espalhar o pânico no eleitor brasileiro. Atores corporativos individuais, claro, podem decidir ignorar as regras como fizeram no passado. (Veja ITT no Chile, United Fruit na Guatemala, Enron na Índia)

"Nossa meta (das pessoas com mentes progressistas) é não intervir nas eleições brasileiras, é manter os atores corporativos poderosos e seus aliados fora da intervenção para a subversão da democracia brasileira nesta primavera. Nós temos um pequeno papel a interpretar neste drama, mas se agirmos rapidamente, poderemos ser capazes de prevenir que alguns "americanos feios" causem larga injustiça. Este não é somente o ano da Copa do Mundo para o Brasil. Este é o ano que os brasileiros podem mudar a direção do hemisfério ocidental"

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Bem, lúcidas essas palavras do jornalista (britânico, por óbvio; não americano). Especialmente esse último parágrafo onde diz que o eleitor brasileiro podia mudar a direção política do hemisfério ocidental. E de fato, o fez.

Para aqueles que têm memória curta (ou os que odeiam pensar dessa forma), Lula foi o precursor desta guinada à esquerda da América (e agora, não só a Latina). Ou melhor dizendo, o povo brasileiro foi o precursor. Resolveu deixar de se assustar com as táticas sujas da direita mundial que tanto se aproveitou de nossas riquezas e de nosso bem comum para se esbaldar. E o fizeram também em todos os outros continentes.

O povo brasileiro mostrou uma lucidez pouco frequente na política mundial. Lucidez que os próprios americanos do norte demoraram décadas para ter, após um período extremamente denso de governos de direita (republicanos ou democratas). Até então, somente a Europa havia escolhido pelo voto seus dirigentes alinhados à esquerda (Naturalmente dessa análise excluímos a União Soviética e a China porque obviamente, não contavam com um sistema eleitoral parecido com o que costumamos chamar de democrata.).

Nem sempre nos damos conta, mas é verdade que a política em sí (ainda que por demais viciada e suja) mudou muito nos últimos 6 anos. A própria percepção acerca dela cambiou substancialmente. Somos muito menos tolerantes acerca da má-vontade e da corrupção. A "carteirada" dos políticos ou da medíocre classe-média pseudo-elitizada e da própria elite dos coronéis passou a ser fortemente defenestrada até mesmo na mídia, este todo-poderoso aliado da direita que nos anos de Collor de Mello ajudou a propagar sandices e a endeusar a América do Norte como o paraíso a ser perseguido. Nos anos colloridos a classe-média imaginou que sentiria o gosto (bem pequeno, aliás) de viver no Primeiro Mundo porque não teríamos mais "carroças" aqui. À classe-média todas as promessas haviam sido feitas. E quebradas depois, naturalmente.

À margem de tudo, o pobre (um mero detalhe na verve de Zélia Cardoso de Mello) ficava cada vez mais pobre e o Brasil deixava aquele posto de oitava economia do mundo (da época dos militares, é verdade) para a décima-quinta na época de Fernando Henrique (outro Cardoso a nos atasanar).

Foram enfim, todos enganados. Digo "foram" e não "fomos", pois me permito dizer que sempre desconfiei daqueles dois Fernandos. Claro que o fato de eu não ter me deixado levar, em nada me impediu de sentir na pele todas as consequências desses irresponsáveis. Primeiro o de Alagoas e depois o de Higienópolis, com seus mantras de especialistas em nada, que povoam nossa imprensa até agora.

Estão aí os Gianettis, sempre pagos a bom preço pela Globo, que não me deixam mentir.

O Brasil mudou muito nos últimos anos e eu estou feliz por estar presenciando esta quebra de paradigmas.

Estou satisfeito por estar presente num tempo quando, 17 anos após a quebra da União Soviética, os Estados Unidos também vão abaixo. Sendo mais específico, a quebra dos valores americanos, pois não me alegro com a miséria de ninguém. E mais satisfeito ainda em saber que eu, mesmo sendo uma gota no oceano, ajudei a destruir uma visão tão nociva para o ser humano.

Muito há de ser feito. De uns tempos pra cá, passei vigorosamente a acreditar na capacidade do brasileiro como nunca, outrora.

Vamos ver como será em 2010.

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quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

O AGENTE LARANJA

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Os mais velhos já ouviram falar do Agente Laranja. Os mais novos talvez não saibam o que é e o que ele representou na guerra química desencadeada pelos EUA.

Assista a esse documentário muito interessante a respeito do tema.



www.Tu.tv


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SERRA: O QUE O DATAFOLHA OMITE

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Esta é ótima. Eu tirei do blog do Azenha, que tirou do blog do Mello.

Bem, todos nós sabemos que José Serra será nosso próximo presidente. Pelo menos, eu que sou um cara super sintonizado, tenho visto isso todo santo dia na "grande" imprensa. Pensando nisso, e porque eu sou um cidadão exemplar, comecei a juntar um milhão de assinaturas pra propor um projeto de lei pra cancelar as eleições e economizar um monte de dinheiro da população. Sem falar do horário político na tv.

Afinal, para quê o pleito se todo mundo já sabe o resultado? Chega 2010 e é só entregar o cetro e a coroa.

Para embasar meu projeto de lei, fui procurar saber dos números do DataFolha desta semana. Obviamente, os números (muito) pouco divulgados.

Mas para minha surpresa, descobri que Nosferatu tem somente 6% das intenções espontâneas de voto. Veja os índices:

1. Não sabe – 48%
2. Lula – 25%
3. Outras respostas – 7%
4. José Serra – 6%
5. Aécio Neves – 4%
6. Em branco / nulo / nenhum – 3%
7. Dilma Roussef – 2%
8. Geraldo Alckmin – 2%
9. Ciro Gomes – 1%
10. Heloísa Helena – 1%
11. Recusa / não respondeu – 1%

Mudei de idéia. Vou rasgar as 999 mil assinaturas que já tinha conseguido e deixar o barco correr. To vendo que não vai ser agora que o povo economizará uns tostões em impostos.

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BRASIL É O ÚNICO DOS GRANDES A CRESCER

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Esta informação vem da Folha (Naturalmente, uma notinha perdida entre tantas outras. Só pra não dizer que não deram):

Com expansão 0,6 ponto percentual maior que a do segundo trimestre (de 6,2% para 6,8%), o Brasil foi o único entre as 20 maiores economias (a Turquia divulgará seus dados na semana que vem) que teve avanço maior de julho a setembro do que nos três meses anteriores. (leia o resto aqui).

Mesmo assim, as "Mirians" continuam nos aterrorizando todos os dias.

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UMA FOTO COM HELOISA HELENA

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Queria dizer algumas palavras para aqueles que não entendem por qual razão quando eu falo sobre a "crise", dou ares de que ela "não existe".

Bem, devo esse não entendimento à minha clara incapacidade de me expressar corretamente. Então, deixa eu esclarecer:

Não é que a crise não exista e que o Brasil esteja incólume. Nada disso. Ocorre que como em qualquer país capitalista, o Brasil depende do consumo para manter o mercado em alta. Se alguém vai na televisão ou no jornal ficar martelando que o mundo está acabando, o que acontecerá em seguida? O mundo acaba. Óbvio.

Não se trata de responsabilidade ou irresponsabilidade do Presidente da República. Não se trata de esconder a verdade. Se trata da mais pura e simples matemática. Convenhamos, quem perde mais se o Brasil entrar de verdade numa crise feia como estão os EUA? Perde Lula ou perdemos todos nós, cidadãos brasileiros?

O Lula pode até não fazer o sucessor, mas quem leva pedrada de verdade é você, que está lendo estas mal traçadas linhas. Você que não é dono da Vale, que não é dono do Itaú, que não é dono da Philips, e que no fundo, nem é dono do seu próprio nariz porque infelizmente, em relação à economia, não tem outra escolha senão ir "na onda" das verdades fabricadas por esta camarilha.

Não se esqueça que na realidade (os números da própria imprensa marrom demonstram), o País está numa ótima fase. A classe-média nunca teve tanto dinheiro no bolso, os ricos nunca estiveram tão bem, e os pobres então, nem se fala. Comem carne e compram eletrônicos. Ainda que Ali Kamel odeie isso.

Mas tem um povinho que não está nada contente pois, como eu já afirmei e repito, com Lula no poder (por mais corrupto que seja o PT), eles deixaram de ganhar.

E que não venham aqui achar que estou dizendo que o PT é extremamente honesto e trólóló*. Estou afirmando textualmente que AQUELES QUE GANHAVAM ANTES, NÃO ESTÃO GANHANDO AGORA. Quem é que está ganhando neste momento eu não sei, mas sei de papel passado que os que perderam as tetas do Estado brasileiros estão doidos da vida. Por isso sua revolta e a necessidade de eleger Serra presidente.

A imprensa cria uma crise artificial para jogar o governo nas cordas. Não precisa dizer muito a esse respeito. Todo mundo já percebeu que a mídia "grande" em peso é tucana. Mesmo o brasileiro "ignorante" (na visão da Folha) já notou o parcialismo da imprensa e para quem ela trabalha.

Ou seja, digo como brasileiro comum. Pouco me importa se Lula está sendo responsável ou não ao dizer sobre a tal "crise". Eu aprendí matemática desde pequeno e estudei bastante Keynes e Marx muito antes de eles voltarem a ser moda no mundo todo. Lula está certo porque se a crise vier, não afetará os bacanas de Higienópolis. Afetará a mim e a você.

E como cidadão comum, que precisa ganhar dinheiro pra viver, isso me importa, e muito.

Então, meus amigos, se vocês pretendem comprar um carro melhor no ano que vem, ornamentar sua sala com aquela ótima LCD de 40 polegadas, ou simplesmente manter um padrão digno de vida com um churrasquinho meia sola a cada 20 dias, é bom começar a desligar o Bom Dia (?) Brasil. Naquele metro quadrado collorido estão alguns dos mais contrariados senhores raivosos de toda a história brasileira.

E pior, fazem de tudo para parecerem isentos.

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* Me lembro de alguns amigos da ala mais à esquerda dos petistas, extremamente contrariados quando as denúncias do mensalão começaram a pipocar. De nada adiantava, mas eu dizia pra eles "olha, não é que eu concorde, mas por acaso você nunca percebeu que o mensalão existe desde que o Congresso Brasileiro passou a existir? O PT não inventou nada nesse campo, não...".

Mais tarde eis que descobrimos (?) que o mensalão moderno tinha começado sob os auspícios de Fernando Henrique Cardoso. Claro que a partir daí, a
imprensa brasilis resolveu não dar mais muita trela para o assunto. Estranhamente aquilo já não era mais notícia.

Por qual razão, será?

Então eu disse pra aqueles amigos mais enfezados: "Princípios são princípios, mas ingenuidade é algo que me trinca os ossos".

Goste ou não, política tem dessas coisas. Não estou defendendo, mas não vamos ignorar o óbvio.

Bem, na leva desses petistas contrariados me recordo que um dia me encontrei com a então Senadora Heloísa Helena. Antes da eleição de 2002 ela já não apoiava Lula. Ela esteve aqui em Curitiba para uma palestra.

Com ela fui ter umas palavras e
bater um instantâneo. Saí desapontado. Ela que era meu referencial de coerência, sem querer me abriu os olhos sobre a política partidária no Brasil.

Com as poucas palavras que trocamos, mudei totalmente meu ponto de vista sobre ela. Depois daquilo comecei a achar bem engraçado ela tagarelando pelos cotovelos a respeito de partido, de ética e mais um amontoado de assuntos tão em pauta em nossa República.

Então, convém ficarmos de olhos e ouvidos bem abertos sobre os santos de plantão que de vez em quando caem do céu totalmente dispostos a nos salvar.

Bem, para quebrar a seriedade da conversa, vejamos esta charge de Quinho sobre HH.



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